Da Redação do Blog – A demissão recente, por assédio sexual, do supervisor de higienização do Real Hospital Português, conhecido como José Carlos, flagrado em vídeo com atitudes obscenas, é apenas um dos problemas de gestão da instituição, que está completando 170 anos em 2025.
O maior complexo hospitalar do Nordeste e tido como referência em hospitais no país trata mal boa parte dos seus cinco mil funcionários, queixam-se alguns deles. Os problemas vêm se agravando desde novembro passado, após a morte do empresário Alberto Ferreira da Costa, principal provedor do hospital.
Relatam, sem se identificar, temendo represálias, queda na qualidade da alimentação, como documenta um mamão estragado que ia ser descascado e cortado para ser servido no refeitório, frequentado por gatos de rua e em cujos corredores aparecem ratos.

Acrescentam que não têm estacionamento, reservado apenas aos médicos, que são atendidos somente na clínica dos fundos do hospital, e suas cirurgias são realizadas apenas à noite e nos finais de semana. Dizem ainda que as funcionárias não podem mais, como ocorria antes, usar suítes ou apartamentos nos partos, tudo isso para não serem misturados aos pacientes, apesar de pagarem plano de saúde com coparticipação, como a clientela.
“Há preconceito contra os funcionários e predomina visivelmente a dualidade de tratamento dado aos servidores, de um lado, e do outro aos médicos e servidores de cargos elevados. É um verdadeiro apartheid funcional “, depõe ao Blog um funcionário.
Confira os vídeos de funcionários com o gesto obsceno do supervisor demitido, a má qualidade da alimentação fornecida e gatos e ratos no refeitório.
Veja o vídeo:
OUTRO LADO
A assessoria de comunicação do Real Hospital Português diz desconhecer o caso da demissão por assédio sexual, nega haver má qualidade na alimentação dos funcionários e ocorrências de ratos nos corredores do refeitório deles e afirma ainda que são atendidos com problemas de saúde em instalações que lhes são reservadas. O espaço continua aberto a manifestações e esta reportagem pode ser atualizada a qualquer momento.









