Exclusivo, por Ricardo Novelino – Denunciados com exclusividade pelo nosso site, os problemas provocados pela falta de ação do poder público para acabar com o lixão de Gravatá podem, enfim, ter uma solução. Depois da publicação de uma reportagem, na semana passada, a Agência Pernambucana de Meio Ambiente (CPRH) disse que pressionará a prefeitura do padre Joselito Gomes (PSB) a fazer alguma coisa.
A agência informou que “vai realizar uma fiscalização no local e, posteriormente, convocar a prefeitura do município para apresentar esclarecimentos”.
Assim, a prefeitura está ameaçada de pagar multa e até ter que mudar o local para colocar os resíduos. A agência informou, por meio de nota enviada apenas para o nosso site, que já tinha alertado a administração municipal para os riscos do depósito de dejetos a céu aberto.
Na reportagem, moradores de condomínios reclamaram da omissão das autoridades. E questionaram o fato de governo estadual, Ministério Público e Tribunal de Contas terem divulgado, em março, que não “havia mais lixões” no estado.
Para criticar a demora na resolução dos problemas, a comunidade lançou uma página nas redes sociais para falar sobre as montanhas de lixo deixada ao ar livre, sempre usando muito humor.
Na nota, a CPRH, informou que “monitora constantemente “ os 23 aterros sanitários existentes em Pernambuco. Também diz que “o Aterro Sanitário de Gravatá está cercado por loteamentos e habitações”.
A agência aponta também para a falta de ação da prefeitura. “Em 2012, a CPRH alertou a administração municipal sobre a quantidade de residências que estavam sendo construídas próximas ao aterro, e orientou que fossem proibidas novas ocupações e construções na localidade”.
Ainda de acordo com a nota, a agência disse que, em 2020, identificou algumas falhas na operação do aterro e lavrou um auto de infração (AI nº 00381/2020), além de notificar a Prefeitura de Gravatá.
No mesmo ano, “a administração municipal apresentou defesa administrativa e a comprovação de que as falhas haviam sido resolvidas”.
A CPRH também disse que realizou a coleta de amostras d’água nas proximidades do aterro. “Os resultados não mostraram contaminação proveniente de chorume”, informou.
A CPRH disse, ainda, que se for comprovado que o aterro sanitário não cumpre as determinações legais, vai notificar a administração municipal para resolver o problema., em um prazo que será estabelecido pelo governo.
“Em caso de descumprimento do prazo, a prefeitura de Gravatá será multada e a CPRH vai iniciar o procedimento de fechamento do equipamento, e a administração local terá que providenciar o envio dos resíduos para aterro sanitário legalizado em outro município”, finalizou a nota. Agora, é esperar e torcer para tudo isso ser verdade.
O nosso site entrou em contato com a prefeitura de Gravatá. Quando a resposta for enviada, acrescentaremos ao texto original como o Outro Lado.