Por Ricardo Antunes — Depois da forte repercussão negativa, o prefeito do Recife, João Campos (PSB), acabou voltando atrás na nomeação de um procurador judicial que havia furado a fila do concurso público. A mudança foi oficializada em edição extra do Diário Oficial, publicada hoje (31).
Documentos aos quais o blog teve acesso mostram que a Prefeitura tornou sem efeito o edital que havia alterado, dois anos e meio depois, o resultado do concurso da PGM. Com a decisão de tornar sem efeito a mudança no edital, o candidato Marko Vinicio dos Santos Batista, que havia sido classificado em primeiro lugar na lista de Pessoas com Deficiência (PcD) desde a homologação original do concurso, segue como o legítimo ocupante da vaga. Ele, que aguardava a nomeação há mais de dois anos, volta a ter seu direito preservado, conforme a ordem correta do certame e o resultado oficialmente publicado em 2023.
Nos bastidores, a avaliação é dura. “O prefeito voltou atrás. Serviu pra quê? Só pra se queimar…”, resume um comentário que circula entre servidores. A crítica também atinge o procurador-geral do município, Pedro Pontes, acusado de excessiva subserviência ou, no mínimo, de erro grave ao achar que a mudança passaria sem reação. “Faltou coragem pra dizer: ‘prefeito, isso vai dar merda’”, avalia um técnico ouvido pelo blog.
A pressão veio da própria categoria. A Associação dos Procuradores do Município alertou que a alteração feria princípios básicos como legalidade, isonomia e segurança jurídica. No fim, a Prefeitura recuou — tarde demais para evitar o desgaste.
Veja os documentos:










