O deputado Luis Miranda acaba de apresentar um ofício à CPI da Covid pedindo que a comissão determine a prisão de Onyx Lorenzoni e Élcio Franco, ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde.
O Antagonista teve acesso ao documento em primeira mão.
No pedido, Miranda afirma que a coletiva dada ontem, no início da noite, por Onyx e Élcio tinham como objetivo “prejudicar a espontaneidade” dos depoimentos do deputado e de seu irmão, previstos para esta sexta-feira (25).
“Certamente que o momento escolhido para que o Sr. Onyx viesse a público tem a ver, diretamente, com o intuito de coagir e reprimir as atividades desta CPI, com a perversão do devido processo legal, isto é, de prejudicar a espontaneidade de nossos depoimentos.”
Miranda diz que, durante a coletiva, ele e o irmão foram vítimas de “ameaças que contaram com o apoio de todo o aparato estatal da Presidência da República”.
“Há ameaças claras desprendidas contra mim e meu irmão em público, ou melhor, com repercussão nacional e internacional, proferidas por um ministro ladeado por um investigado dessa CPI.”
Élcio Franco está sendo investigado pela CPI da Covid.
Para pedir que a CPI determine as prisões de Onyx e de Élcio, Miranda cita o artigo 344 do Código Penal, que prevê como crime “usar de violência ou grave ameaça, com o fim de favorecer interesse próprio ou alheio, contra autoridade, parte, ou qualquer outra pessoa que funciona ou é chamada a intervir em processo judicial, policial ou administrativo, ou em juízo arbitral”.
No documento, Miranda cita alguns termos usados na coletiva: “vai pagar na Justiça”; “que Deus tenha pena do senhor”; “trair o presidente Jair Bolsonaro”; “traiu o Brasil”; “se junta a todo mal que há na política brasileira”.
Mais cedo, como noticiamos, o deputado disse a este site que Onyx “agiu como um gângster, ameaçando testemunhas”.









