Da Redação do Blog – Três funcionários da BB Seguridade, empresa vinculada ao Banco do Brasil, pediram desligamento de seus cargos no setor anticorrupção após alegarem sofrer assédio moral e perseguição. A denúncia foi encaminhada ao Ministério Público do Trabalho (MPT) em Brasília e descreve um ambiente de trabalho marcado por pressão psicológica, isolamento de funcionários e restrição de acesso a informações essenciais para o cumprimento de suas funções.
Os relatos indicam que o superintendente de Governança, Riscos e Compliance, Maurício Azambuja, teria adotado uma estratégia para “desmantelar” a Superintendência de Controles Internos e Integridade (SCI). A ação envolveria a retirada de atribuições do setor, mudanças repentinas em processos internos e pressão para que funcionários abandonassem seus postos. Além disso, há suspeitas de favorecimento na promoção de funcionários alinhados à gestão e deficiências na fiscalização de contratos com parceiros comerciais.
Entre os pontos investigados está a distribuição de “kits executivos” de alto valor para a cúpula da empresa, o que levanta questionamentos sobre possíveis irregularidades e falta de transparência nos gastos corporativos.

Os ex-funcionários também relataram episódios de misoginia, homofobia e retaliação dentro da empresa. Um dos denunciantes afirmou ter sido submetido a avaliações negativas sem justificativa, além de ser progressivamente afastado de decisões estratégicas. Um dos casos mais graves envolveu a gravação de uma reunião na qual um funcionário recebeu feedback negativo sem embasamento técnico, o que reforça as alegações de perseguição e represália.
O outro lado
A BB Seguridade declarou que ainda não foi notificada formalmente pelo MPT sobre as denúncias, mas afirmou manter o compromisso com boas práticas de governança corporativa e conformidade. O caso segue sob apuração pelos órgãos competentes, e a expectativa é que novas informações sejam divulgadas conforme a investigação avance.