Da Redação do Blog – Detentas da Colônia Penal Feminina Bom Pastor, em Iputinga, na Zona Oeste do Recife, destinada a presas temporárias, denunciam preços extorsivos cobrados pela única cantina da penitenciária, que pertenceria a um policial penal.
Listam, por meio de familiares, preços muito acima do mercado: Coca Cola 2l a R$ 22; cigarros Minister a R$ 17 o maço; almoço PF a R$ 25; jantar de macaxeira com charque também a R$ 25; sanduíche de pão com queijo a R$ 12; ovo frito a R$ 5; pacote de miojo a R$ 12; água mineral 500ml a R$ 7.
Informam que para esquentar qualquer comida no micro-ondas são cobrados R$ 3. Produtos de higiene e limpeza também não ficam atrás: água sanitária litro a R$ 10; sabonete Nívea a R$ 10; pasta de dentes pequena igualmente a R$ 10.
Familiares relatam que o casal Fabrícia Maria da Silva e Geovânia Alves se diz dono da cantina, que funciona de domingo a domingo, das 7h às 21h, mas as detentas afirmam, sem mostrar documentação, que as duas são laranjas de um policial penal lotado na própria Bom Pastor, que seria o verdadeiro dono.

Elas têm três refeições por dia, em pequenas quantidades, de acordo com os familiares delas – às 8h, meio-dia e jantar às 17h, normalmente uma sopa. Por isso, procuram a cantina.
Aquelas que trabalham na penitenciária, como cozinheiras, lavando roupa, capinando, fazendo faxina, recebem R$ 794 por mês da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap), mas existem costureiras que trabalham para a empresa Narciso Enxovais. Outras são ajudadas financeiramente pelas famílias.
OUTRO LADO
Tentamos ouvir a Seap por meio da assessoria de comunicação do governo do estado, mas não tivemos retorno até agora. O espaço está aberto a manifestações e esta reportagem pode ser atualizada a qualquer momento.









