Por Ricardo Antunes – Eu resistia a ideia. Afinal, estamos numa democracia e o presidente foi eleito para um mandato de 4 anos.
Ele tem cumprido sua promessa. Ao contrário de Lula e os petistas, não rouba e não deixa ninguém roubar, pelo menos eu não vi e nem soube. Para ser Presidente da República, no entanto, isso não é mais que a sua obrigação.
Bolsonaristas ficam alardeando isso aos quatro ventos como se o fato de não roubar permitisse aos mandatários fazer o que bem entendem. Estamos numa República e ela deve ser harmônica com os outros dois poderes.
Não adianta essa “conversa-mole” contra o Congresso e o STF. O primeiro só pode ser modificado pelo voto popular e não por “memes” contra Maia e Alcolumbre. O STF é composto por ministros indicados pela Presidência. Em novembro ele pode indicar um, e até o final do seu mandato dois ou três. Ponto final.
Se Bolsonaro quer dar um golpe, ou fundar uma monarquia, lamento informar: a maioria da população não irá às ruas. O povo quer paz e trabalho. Quem quer a guerra são os profetas do caos. Não passarão.
Posto isso, vamos ao que interessa:
Esse comportamento do presidente não pode ser normal. Ele flerta com o perigo e com o caos como se fosse um adolescente irresponsável de 16 anos.
Será já caso para uma intervenção médica com o auxílio de psiquiatras?
A quem Bolsonaro acha que atinge com esse tipo de brincadeira irresponsável para um dirigente maior do país?
A quem pensa que engana?
A quem pensa que ilude com sua tara de inventar um inimigo por dia?
De provocar pessoas de sua própria equipe (que ele se orgulhava de dizer que era técnica e sem nenhuma indicação política).
No pronunciamento de 25 de março, o Brasil registrava 59 mortes pela Covid-19. Hoje, são mais de mil óbitos.
A quem serve esse engodo?
Essa palhaçada?
Essa falta de compostura?
Bolsonaro continua brincando com o perigo e com essa macabra doença. E o pior, brincando com a vida de quem votou nele e de quem não votou.
Até quando, meu povo?
Debate aberto.







