Por Ricardo Antunes
Dividida em vários grupos a oposição em Pernambuco está precisando tomar uma decisão. Ter múltiplas candidaturas ou caminhar unida com um único candidato? Antes, porém, deve tomar um caminho. Afastar se da “turma” de Jarbas.
Em 2014, Armando Monteiro Neto (PTB) teve o dissabor de ser “usado” por um grupo político para barganhar espaço com o PSB. Jarbas tomou café da manhã, fez cozido em sua casa e jantou várias vezes com os oposicionistas.

No final, garantiu uma vaga para seu pupilo na vice de Paulo Câmara (PSB), e algumas prefeituras que lhe deram um mandato de federal.
Em 2018 não foi diferente. Depois de chamar Lula de “ladrão” e fazer uma oposição ferrenha aos governos petistas, aceitou subir no palanque ao lado do senador Humberto Costa (PT).
Até aí nada de mais, ele também usou o mesmo adjetivo quando disputou contra Eduardo Campos o governo do estado em 2006. Anos depois estava em fazendo um “cozido” para o mesmo Eduardo Campos (PSB) .
Quem não se lembra da cena grotesca onde o ex-governador posou para fotos com o “L” de Lula?
Dessa vez a fatura foi maior. Pediu uma vaga na majoritária e um mandato para Raul Henry (MDB) que foi eleito federal com os votos do Palácio das Princesas.
Por muito, mas por muito pouco mesmo, o povo não o aposentou nas urnas.
Ao que tudo indica a história está se repetindo. Liderados novamente pelo senador Jarbas Vasconcelos (MDB), os emedebistas estão “usando” a oposição para chantagear o PSB de Pernambuco. O blog contabilizou pelo menos quatro conversas em Brasília.
É triste e vergonhoso, ver hoje, aquele que foi uma grande ou talvez a maior liderança política em Pernambuco, fazendo o “toma lá da cá” da velha política.
Ameaçando sair do governo e pular para o outro lado esquecendo os “compromissos” firmados com o PSB.
É um péssimo exemplo para as novas gerações políticas.
A história de Jarbas não merecia essa mancha que só faz antecipar o seu fim.







