Blog do Ricardo Antunes
  • Opinião
  • Brasil
  • Política
  • Lei & Ordem
  • Pernambuco
  • Economia
  • Educação
  • Ciências
  • Esportes
  • Cultura
  • Eventos
  • Tecnologia
Sem Resultados
Ver todos os resultados
APOIE
Blog do Ricardo Antunes
  • Opinião
  • Brasil
  • Política
  • Lei & Ordem
  • Pernambuco
  • Economia
  • Educação
  • Ciências
  • Esportes
  • Cultura
  • Eventos
  • Tecnologia
Sem Resultados
Ver todos os resultados
Blog do Ricardo Antunes
Sem Resultados
Ver todos os resultados
  • Quem Somos
  • Quem é Ricardo Antunes
  • Apoie
  • Newsletter
  • Arquivo
  • Fale Conosco
  • Termos de Uso
Home Política

Documentos mostram que Bolsonaro ignorou estudos do Exército ao facilitar porte de armas

Em abril, o presidente Jair Bolsonaro revogou três portarias sobre rastreamento, identificação e marcação de armas e munição, ignorando estudos do Exército que sobre a importância dos atos para a fiscalização do setor e até para auxiliar nas investigações de crimes

Ricardo Antunes Por Ricardo Antunes
28/09/2020 - 15:46
A A
CompartilharTweetarWhatsApp

Por Francisco Leali, de O Globo — Documentos mantidos em sigilo pelo governo mostram que o Exército elaborou estudos, encomendou pareceres e até fez consultas a fabricantes antes de editar, no início do ano, três portarias com novas regras para controlar a produção de armas e munições. Os documentos sustentam a importância dos atos para reforçar a fiscalização do setor e até auxiliar nas investigações de crimes. Apesar das indicações de trabalhos técnicos do Exército, as portarias foram revogadas por determinação do presidente Jair Bolsonaro em abril.

 

Depois da ordem presidencial, o Exército passou a sustentar publicamente que os estudos prévios que embasaram as portarias continham erros e, por isso, os atos tinham sido revogados. O GLOBO teve acesso a parte dos documentos que o Exército, com aval da Controladoria Geral da União, vinha mantendo em segredo. Os estudos e os pareceres técnicos foram requisitados pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que investiga as razões que levaram o governo a revogar as três portarias. Os documentos foram incluídos num anexo do processo, que é público, pelo próprio Exército.

O Instituto Sou da Paz, organização não-governamental que é parte no processo, disponibilizou os documentos ao GLOBO. Por meio de pedidos via Lei de Acesso à Informação (LAI), a reportagem tinha tentado acessar a documentação, mas o Exército negou o pedido sob alegação de que sua divulgação poderia prejudicar a elaboração de novas portarias.

Presidente Jair Bolsonaro flexibilizou rastreamento de armas de fogo e munições Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

Os documentos estão divididos em duas partes. Uma trata da portaria 46 que criava o Sistema Nacional de Rastreamento de Produtos Controlados pelo Exército (Sisnar). Outra trata das portarias 60 e 61 que regulavam a marcação de códigos em armas e munições para permitir o rastreamento dos produtos do fabricante ao consumidor final.

No primeiro conjunto de documentos, há pareceres que, na época, serviram para o Exército justificar a importância de criação de um novo sistema e até cópia de uma apresentação feita pelos militares na Casa da Moeda explicando como seria o modelo de identificação de armas e munições de grosso calibre. “Considera-se imperativa a implementação de um sistema único que solucione o rastreamento de armas, munições, explosivos, dentre outros. O rastreamento trará vantagens competitivas para as cadeias produtivas, em virtude do seu melhor controle logístico; aprimorará mecanismos de garantia de qualidade junto aos usuários e consumidores; e gerará novas capacidades de prevenção e combate a desvios e ilícitos no trato com esses produtos”, explica uma diretriz elaborada pelo Exército ainda em julho de 2017.

No conjunto de documentos há uma ata registrando que o Exército apresentou suas propostas de reforço no processo de rastreamento de armas para fabricantes do setor em julho de 2018. Depois que Bolsonaro, no dia 17 de abril deste ano, usou uma rede social para dizer que determinara ao Exército que revogasse as portarias, o Exército alegou que o Sisnar era incompatível com outro sistema em desenvolvimento no Ministério da Justiça e até que as inovações haviam provocado reações em redes sociais. Como o GLOBO revelou, para manter esses documentos em sigilo, o Comando militar chegou a alegar que a divulgação poderia provocar uma “crise midiática e institucional”.

Documentos obtidos por Lei de Acesso à Informação Foto: Reprodução

Parecer atestava legalidade de portarias

Os documentos trazem ainda pareceres jurídicos atestando a legalidade das três portarias, antes de elas serem editadas. Um deles explica que as portarias 60 e 61, que tratavam da marcação de armas e munições garantiriam “maior precisão quanto a identificação e ao mapeamento do caminho percorrido desde a fabricação até o usuário final, contribuindo para o aumento da eficácia ao atendimento das diligências oriundas de órgãos policiais ou judiciais”.

— Os documentos mostram a construção de uma norma em que diversos interesses foram contemplados, inclusive da indústria, embora não tenha havido consulta à sociedade civil — diz a diretora-executiva do Sou da Paz, Carolina Ricardo. — Fica claro que o governo não queria que viesse a público que tinha sido feito um trabalho técnico e correto e que não havia motivo que justificasse a revogação das portarias.

Os documentos do Exército já foram analisados por auditores do TCU. Em documento produzido há 15 dias, os auditores sustentam que não conseguiram encontrar nenhuma informação que sustentasse os argumentos públicos dos militares para os erros e problemas das portarias. Os auditores chegam a citar manifestação da Polícia Federal sobre o risco de o setor ficar sem regulação após a revogação das portarias. “Aguarda-se a republicação das portarias, já que suas revogações criam situação de total ausência normativa para o controle e disciplina da fabricação, importação e exportação de armas e munições, além de sua marcação (como ressaltado, eram meras atualizações de portarias que já existiam anteriormente”, sustenta documento da PF.

Parecer do Exército obtido por Lei de Acesso à Informação Foto: Reprodução

Os auditores do TCU sugerem que a revogação das portarias, sem a devida fundamentação, pode ser uma violação da lei que regula os atos oficiais públicos. No entanto, recomendaram que a investigação do tribunal seja paralisada até o final de dezembro para que o Exército apresente todas as explicações que ainda não deu sobre que havia de errado nas portarias que revogou por ordem do presidente Bolsonaro.

Procurado, o Exército informou, por meio de nota, que as três portarias foram revogadas “em virtude de questões técnicas e de redação” e que esses problemas serão resolvidos com novos atos previstos para serem editados em novembro, “impedindo o surgimento de falhas de comunicação e entendimento” entre o setor e a Força. “Cabe informar que houve significativa contribuição da sociedade para o aperfeiçoamento dos atos normativos em pauta, por intermédio da condução de Consulta Pública eletrônica”, diz a nota.

Tags: ExércitoGoverno Bolsonaro
Compartilhar30Tweet19Enviar
Ricardo Antunes

Ricardo Antunes

Ricardo Antunes é jornalista, repórter investigativo e editor do Blog do Ricardo Antunes. Tem pós-graduação em Jornalismo político pela UnB (Universidade de Brasília) e na Georgetown University (EUA). Passou pelos principais jornais e revistas do eixo Recife – São Paulo – Brasília e fez consultoria de comunicação para diversas empresas públicas e privadas.

Matérias relacionadas

Defesa de Mauro Cid recorre ao STF contra prisão preventiva

Mauro Cid é tenente-coronel da ativa do Exército Brasileiro. Foi ajudante de ordens do ex-presidente da República Jair Bolsonaro.

Da CNN - A defesa do tenente-coronel Mauro Cid – ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – pediu a revogação da prisão preventiva decretada na semana...

Leia MaisDetails

Sargento do Exército é condenado por invadir alojamento feminino em Recife

Do G1 - A Justiça Militar condenou um segundo-sargento do Exército por estuprar uma colega de farda após arrombar o alojamento feminino do Centro de Preparação de Oficiais...

Leia MaisDetails

Moraes usou equipe do TSE e redes sociais para prender manifestantes do 8 de janeiro, diz reportagem

Manifestantes na Praça dos Três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro de 2023. (Foto: André Borges/EFE)

Do Poder 360 - O gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), teria vasculhado as redes sociais de presos do 8 de Janeiro e...

Leia MaisDetails

Pernambuco, onde a irresponsabilidade e o negacionismo climático caminham juntos de mãos dadas com o Poder Público Estadual e Federal

O projeto prevê devastar 90 hectares de Mata Atlântica.

Por Milton Tenório - É o Estado dizendo "Faça o que eu digo, não faça o que eu faço". No dia 13/06/25 a Governadora Raquel Lyra assinou termos aditivos...

Leia MaisDetails

Recusa do Exército frustrou plano de golpe, diz Freire Gomes ao STF

General Freire Gomes: "Exército não participaria de nada que violasse a Constituição"

Do Diário de Pernambuco - O ex-comandante do Exército e general da reserva Marco Antônio Freire Gomes confirmou, nessa segunda-feira (19), em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF),...

Leia MaisDetails
Próximo Artigo

Guerra de Memes

Por favor, faça login para comentar

Governo PE

Camaragibe

São Lourenço da Mata

CATEGORIAS

  • Brasil
  • Ciências
  • Cultura
  • Economia
  • Educação
  • Esportes
  • Eventos
  • Lei & Ordem
  • Opinião
  • Pernambuco
  • Política
  • Tecnologia
Assine nossa lista para receber atualizações diárias diretamente em sua caixa de entrada!

Blog do Ricardo Antunes

Ricardo Antunes - Debates, polêmicas, notícias exclusivas, entrevistas, análises e vídeos exclusivos.

CATEGORIAS

  • Brasil
  • Ciências
  • Cultura
  • Economia
  • Educação
  • Esportes
  • Eventos
  • Lei & Ordem
  • Opinião
  • Pernambuco
  • Política
  • Tecnologia

ASSUNTOS

Alexandre de Moraes Bolsonarismo Brasília Carnaval Coronavírus corrupção Covid-19 DEM Eleições Eleições 2020 Eleições 2022 Esporte EUA Fake News Fernando de Noronha Futebol Internacional Investigação Jair Bolsonaro João Campos Justiça Lava Jato Luciano Bivar Marília Arraes MDB Olinda operação Paulo Câmara PL polícia cívil Polícia Federal PSB PSDB PT Raquel Lyra Ricardo Antunes Rio de Janeiro Saúde Senado Sergio Moro STF São Paulo União Brasil Vacina Violência

© 2024 Ricardo Antunes - Todos Direitos Reservados

Sem Resultados
Ver todos os resultados
  • Opinião
  • Brasil
  • Política
  • Lei & Ordem
  • Pernambuco
  • Economia
  • Educação
  • Ciências
  • Esportes
  • Cultura
  • Eventos
  • Tecnologia

© 2024 Ricardo Antunes - Todos Direitos Reservados

Este site usa cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso de cookies. Visite nossa Política de Privacidade.
Are you sure want to unlock this post?
Unlock left : 0
Are you sure want to cancel subscription?