Por Ricardo Antunes — “Os críticos podem falar, mas eu gosto mesmo é de trabalhar. A gente vive numa democracia”. Foi dessa forma, mostrando humildade, que a governadora Raquel Lyra se esquivou da principal pergunta que foi feita, hoje, durante coletiva após a posse da nova secretária de Cultura, Cacau de Paula.
“É uma resposta aos críticos que diziam que a senhora não gostava de fazer política?”, provoquei. No Palácio lotado de correligionários e do grupo do PSD, Raquel mostrou que o foco dela, no momento, é construir uma frente onde Pernambuco seja o principal protagonista. “Acho que André e seu grupo podem contribuir bastante com isso”, afirmou.
“O PSD é André”, retrucou quando foi lembrada que o partido é também o do ex-ministro, Gilberto Kassab, atual secretário do governador Tarcísio de Freitas e também dar sustentação política ao Governo Lula.
O presidente Lula (PT), aliás, que tem sido bastante generoso com a governadora. Para o novo PAC, por exemplo, ele garantiu cerca de R$ 92 bilhões de obras em Pernambuco. Com Raquel mostrando sua cara, já tem maioria folgada na Assembleia Legislativa, os que diziam que a eleição de 2026 eram “favas contadas” para João Campos (PSB), favorito para a reeleição de 2024, parece que tudo mudou.
As nuvens da política se mexem rápido mesmo. É isso.








