Da Carta Capital — A deputada federal Marília Arraes (PT-PE) reagiu às críticas que recebeu de integrantes do partido por ter lançado, de maneira independente, sua candidatura para um cargo na Mesa Diretora da Câmara.
A presidente da sigla, Gleisi Hoffmann (PT-PR), chegou a dizer que a conduta afronta a política interna do partido.
“A atitude da deputada Marília rompe procedimento estatutário do PT e isso terá de ser analisado nas instâncias partidárias”, afirmou em entrevista à Folha de S.Paulo.

“É triste ver e ouvir declarações inverídicas sobre minha conduta partidária e comprometimento coletivo. Golpe, traição e outros adjetivos que tentam imputar a mim não são palavras que fazem parte do meu vocabulário e muito menos da minha forma de fazer política”, disse a deputada em nota oficial.
“Em qualquer parlamento do mundo há esse tipo de disputa por espaços de poder e decisão, no Brasil não é diferente”, acrescentou.
Marília foi eleita para o cargo de segunda secretária. Ela disputou o segundo turno com José Daniel e teve 192 votos contra 168 do adversário.
“A Segunda Secretaria da Câmara Federal é ocupada pelo PT, por uma deputada que jamais se posicionou contra o que realmente importa: os ideais de justiça social defendidos pelo nosso partido”, afirma a parlamentar.

No comunicado, a deputada rechaça a versão de que foi apoiada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). “É muito triste observar que, geralmente, quando uma mulher toma atitudes ousadas, a sociedade opte por achar que sempre tem algum homem por trás”, diz.
Marília também apontou uso de fake news com o objetivo de “desvirtuar uma decisão democrática”.







