Do Poder360
Em uma convenção esvaziada, o PC do B confirmou a candidatura de Manuela D’Ávila à Presidência. A indicação foi aprovada por unanimidade nesta quarta (1). Manuela defendeu a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Para nós [esquerda], vencer uma 5ª eleição consecutiva é uma obrigação”, afirmou.
“A unidade da esquerda deve ser defendida até o último dia em que seja possível”, disse, sem fazer referência à possibilidade de apoio a outra sigla da esquerda ainda no 1º turno.
A confirmação da candidatura própria do PC do B torna mais distante a chance de uma coalizão da esquerda ainda no 1º turno das eleições. A tentativa de unir forças foi encabeçada pelo PT, que buscou uma união em torno do nome do ex-presidente Lula. No mesmo campo político, o PDT também confirmou a candidatura de Ciro Gomes.
“Lula está preso porque lidera as pesquisas. Está preso porque, se estivesse solto, venceria as eleições”, afirmou Manuela.

O evento foi realizado em 1 auditório da Câmara dos Deputados, em Brasília, onde comumente acontecem solenidades partidárias. Apesar da grande quantidade de bandeiras trazidas pela militância, o auditório ainda ficou com lugares vazios. O maior público esteve presente para ver discurso de Manuela, já durante a tarde.
A presidente do PC do B, deputada federal Luciana Santos (PE), disse não se tratar de uma negação à união da esquerda. “Dela não virá nunca uma palavra para dividir nosso campo. O inimigo está do outro lado”, disse. “Essa é a 1ª vez que apresentamos 1 nome para a corrida presidencial em 97 anos de vida”.
Esta é a 3ª vez em sua história que o PC do B apresenta 1 candidato à Presidência. As siglas têm até 5 de agosto de 2018 para oficializar as chapas e alianças para o pleito de outubro. Saiba todas as datas do calendário eleitoral.
O maior alvo da convenção foi o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). O tucano foi descrito pelos comunistas como a continuação do governo de Michel Temer. Manuela chegou a comparar os ministros do governo Temer de mercadores que tentam negociar riquezas nacionais com o mercado externo.
“Sua união com tudo que há de pior lhe garantiu o maior tempo de TV”, disse a senadora Vanessa Grazziottin (AM), em relação a aliança de Alckmin com partidos do centrão (DEM, PP, PR, PRB e Solidariedade).






