
De O Globo
O ex-marqueteiro do PT Valdemir Garreta confirmou ter intermediado pagamento e propina da OAS para Luís Carlos Fernandes Afonso , ex-presidente da Petros , fundo de pensão dos funcionários da Petrobras. Em depoimento prestado à Polícia Federal(PF) nesta terça-feira, ele disse que Afonso receberia 0,75% de um contrato da OAS para construir, em parceria com a Odebrecht , a Torre Pituba, sede da Petrobras em Salvador (BA).
Preso na última sexta-feira, Garreta tenta fechar acordo de delação premiada com a Justiça desde 2017. Ele teve sua prisão convertida em preventiva, ou seja, sem prazo para acabar, pela Justiça Federal também nesta terça-feira.
Garreta é alvo da 56ª fase da Lava-Jato , “Sem Fundo” que investiga a obra da Torre Pituba, com custo final estimado em R$ 1,3 bilhão . Segundo a PF, a Petros contratou OAS e Odebrecht para fazer o empreendimento, alugado para a Petrobras por 30 anos. Os agentes dizem que os contratos foram direcionados e superfaturados.
Em troca, houve pagamento de ao menos R$ 68,3 milhões de propina a políticos, funcionários públicos e empresários. Além de Garreta, foram expedidos outros 21 mandados de prisão.
Em seu depoimento, Garreta afirmou que, em 2011, participou de um jantar no hotel Sofitel, no Rio, com Fernandes e o dono da OAS, Léo Pinheiro. No encontro, o empresário prometeu pagar 0,75% para Afonso. Ao final do jantar, segundo o marqueteiro, Pinheiro e Fernandes pediram para que ele “fizesse o contato” para o pagamento da propina.






