Da Redação do Blog – A mesma empresa Mind Lab denunciada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) por um superfaturamento de R$ 3,3 milhões contratado pela Secretaria de Educação da Prefeitura do Recife está sendo investigada por suspeitas de irregularidades em contratos semelhantes com outras quatro prefeituras.
Há suspeitas de irregularidades em contratos firmados com as Prefeituras de Porto Alegre (RS), São José (SC) e Natal (RN). No contrato com a Prefeitura de Palmas (TO), a Polícia Federal chegou a prender um secretário municipal, em 10 de agosto de 2023, sob a acusação de haver recebido propina da Mind Lab.
Como no contrato firmado com a Secretaria de Educação da Prefeitura do Recife e as secretarias de Porto Alegre e São José, o contrato com a Secretaria de Educação da capital do Tocantins, no valor de R$ 14,9 milhões, foi assinado sem licitação para o fornecimento do programa Mente Inovadora, alvo de auditoria do TCE-PE.
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Na investigação no Tocantins, a PF encontrou um quarto com várias caixas e bolsas cheias de dinheiro e joias e chegou a prender o secretário de Desenvolvimento Urbano da Prefeitura de Palmas, Edmilson Vieira das Virgens, por suspeita de lavagem de dinheiro, noticiou o G1TO. Segundo a PF, Edmilson possuía estreita relação com a então secretária municipal de Educação, Fernanda da Silva, que firmou o contrato com a Mind Lab, e teria indicado ela ao cargo para viabilizar o recebimento de propina.
Fundada em Israel em 1994, a Mind Lab instalou sua unidade brasileira em 2006, em São Paulo. Diz seu site que atua em 21 países e em mais de 10 mil escolas. Proclama que seu programa Mente Inovadora está alinhado com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) adotada pelo governo brasileiro para a educação básica.