Por Ricardo Antunes — Uma delícia reviver as histórias do glamour do Rio de Janeiro (de 1969 a 1997), pelo livro do coleguinha Joaquim Ferreira dos Santos, colunista de O Globo.
Zózimo Barroso do Amaral, que trocou O Globo pelo Jornal do Brasil para revolucionar a crônica social, circulava para cavar furos de reportagem em assuntos tão abrangentes como política, economia, esportes e artes.
“Culto, sedutor e dono de um refinado senso de humor, ele inventou um novo cardápio de delícias para o banquete da informação diária”, diz no prefácio o autor.

“Nenhum jornalista registrou tão bem as mudanças ocorridas nas elites cariocas. As festas saíram dos salões dos grã-finos e se instalaram em casas noturnas como Regine’s e Hippopotamus. A animação movida pela champagne ganhou aditivo com a cocaína”, acrescenta.
Fez muitos amigos, ganhou uns poucos desafetos (todo jornalista que se preza tem que ter alguns) e seguiu a trilha iniciada por Jacinto de Thormes e o inesquecível Ibrahim Sued.
Recomendo.