Da Redação do Blog — Uma das principais causas de morte no país é a doença cardíaca, responsável por 30% dos óbitos no Brasil, o que equivale a 400 mil mortes anuais, conforme dados do Ministério da Saúde.
Médicos são enfáticos ao afirmar que muitas dessas mortes poderiam ter sido evitadas com a detecção precoce, prevenção e controle dos fatores de risco, tais como tabagismo, diabetes, hipertensão e obesidade.
Atualmente, cerca de 14 milhões de pessoas no Brasil enfrentam algum tipo de enfermidade cardiovascular, um problema amplamente associado ao ritmo de vida moderno, dietas ricas em sal, gordura e açúcares, além de níveis elevados de estresse e falta de atividade física, como observa César Jardim, cardiologista e diretor clínico do Hcor.
Apesar da importância da prevenção, um estudo da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp) revela que aproximadamente 23% dos brasileiros nunca consultaram um cardiologista. Entre 2017 e 2021, mais de 7 milhões de brasileiros perderam suas vidas devido a doenças do coração, de acordo com o Instituto Nacional de Cardiologia (INC), vinculado ao Ministério da Saúde.

Em 2023, a Sociedade Brasileira de Cardiologia estima, por meio de seu “Cardiômetro”, que mais de 264 mil mortes relacionadas a essas condições já tenham sido registradas no país até a manhã desta segunda-feira (28).
Globalmente, as doenças cardiovasculares, como infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência cardíaca, também prevalecem, sendo responsáveis por 17,9 milhões de mortes em 2019, o que corresponde a 32% do total das mortes no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Recentemente, o apresentador Fausto Silva passou por um transplante de coração devido a uma identificação de insuficiência cardíaca.
A seguir, veja informações sobre as causas das doenças cardíacas, diagnóstico e cuidados:
Fatores Genéticos e Comportamentais:
- Algumas pessoas nascem com malformações cardíacas congênitas, que podem ser detectadas em exames pré-natais, mas são influenciadas por fatores como síndrome de Down, infecções maternas durante a gestação, uso de certos medicamentos pela mãe, tabagismo ou consumo de álcool durante a gravidez, diabetes descontrolado da mãe e anomalias cromossômicas hereditárias.
- Doenças cardíacas podem surgir ao longo da vida devido a fatores comportamentais, como dieta não saudável, sedentarismo, tabagismo, consumo excessivo de álcool e estresse emocional. Esses fatores elevam a pressão arterial, níveis de glicose e lipídios no sangue, bem como o peso e a obesidade.
Evolução Silenciosa, Exames e Diagnóstico Precoce:
- A detecção precoce é crucial para tratamentos eficazes. Exames como eletrocardiogramas, testes de estresse, radiografias e exames de sangue podem identificar problemas cardiovasculares em estágios iniciais.
- Para diagnósticos de insuficiência cardíaca, o ecocardiograma é essencial.
- Devido à influência do histórico genético, pacientes saudáveis com histórico familiar de doença cardíaca devem iniciar avaliações de check-up mais cedo.
- Muitos desses problemas evoluem de forma assintomática, enfatizando a importância dos exames de rotina.
Cuidados com a Saúde e Exercícios Físicos:
- O excesso de peso exerce pressão adicional nas artérias, prejudicando o coração.
- Estudos indicam que 90% dos riscos de ataques cardíacos e derrames estão relacionados a fatores evitáveis, como atividade física regular e hábitos alimentares saudáveis.
- A prevenção da obesidade é vital, mas complexa, já que perder peso e mantê-lo pode ser desafiador.
- A pandemia trouxe desafios adicionais para a saúde cardíaca, incluindo comportamentos sedentários, aumento do consumo de álcool e tabaco, e altos níveis de estresse, que contribuem para os riscos cardiovasculares.









