Do Estadão – A equipe que cuida das páginas pessoais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantém mobilizada uma rede com centenas de grupos de WhatsApp, criados na campanha eleitoral, para “espalhar conteúdos” e “pautas do governo”. Além de disseminar realizações e anúncios do Palácio do Planalto, as mensagens trazem ataques ao ex-presidente Jair Bolsonaro e vêm com apelos para que sejam compartilhadas em massa.
“Repasse essa mensagem e lembre que Bolsonaro deve estar na cadeia! Prove que brasileiro não tem memória curta”, diz, em caixa alta, trecho de um texto compartilhado. O movimento vem sendo disparado pelo “gabinete” que cuida do site “lula.com.br”, anunciado pelo PT como a página oficial de Lula na internet, antes dele ser eleito. Segundo os petistas informam no site, o movimento nas redes reúne mais de 25 mil voluntários na organização dos grupos e como “caçadores de fake news”.

As mensagens dos grupos petistas são enviadas com emojis (ilustrações animadas) e com linguagem e formato propícios à viralização. Elas são casadas com a agenda política e pensadas para ampliar a pressão sobre Bolsonaro.
Procurada, a Secretaria de Comunicação da Presidência da República informou que não cuida do site www.lula.com.br. Por isso, afirma que “não participa dos chamamentos e disparos via WhatsApp e não tem ingerência sobre a administração do canal, bem como do conteúdo produzido e publicado”. A Secretaria de Imprensa da Presidência esclareceu ainda que ela administra apenas o Twitter oficial do presidente “como ação complementar ao trabalho de assessoria de imprensa”. O PT ainda não se manifestou.