Por Ricardo Antunes — Era como se o deputado estivesse pensando. “Será que chegou a minha hora”. Foi com esse sentimento que o pré candidato do Cidadania a prefeitura do Recife, Daniel Pires Coelho, 41 anos, passou a desfilar seus projetos, e por qual motivo ele tenta pela terceira vez esse campeonato.
Na primeira Live dos prefeituráveis ao Blog Ricardo Antunes, nesta segunda-feira (06), o pré-candidato a prefeito do Recife estava sereno, seguro, passando tranquilidade.
Nada daquele jovem impetuoso e elétrico de oito anos atrás, que por menos de 2% não levou a eleição para o segundo turno, numa onda que cobriu a cidade, e por pouco não fez história ao derrotar o candidato do governador Eduardo Campos.
Na entrevista de hoje, mais maduro e mais cheio de si, ele desfilou por diversos assuntos relativos aos seus projetos, propostas e alternativas para a prefeitura do Recife, onde destacou os motivos que o fazem disputar o maior cargo do Executivo municipal.
Vale ressaltar que essa é proposta do jornalista Ricardo Antunes, discutir menos política e mais os problemas da cidade. Entretanto, obviamente, Daniel não fugiu do assunto política e criticou a gestão de Geraldo Julio, bem como de alguns adversários ao cargo que foram incisivos em acusações.
Em tantos aspectos apresentados, dois pontos foram bastante pontuados e frisados por Daniel Coelho: seu amadurecimento pessoal, e a questão da qualidade de vida do recifense como grande gargalo a ser trabalhado em sua gestão, caso eleito. Sobre sua liderança, em pesquisa realizada pela CBN, o deputado demonstrou tranquilidade e garantiu que isso foi possível graças a sua maneira de articulação. “Demonstra que a gente tem acertado no tom, isso estou falando com o maior respeito aos adversários. Enquanto uns ficaram em um tom muito agressivo contra o presidente, governador, prefeito […]. A gente também, mas sempre com crítica propositiva”, relatou.
De tom firme, mas focado na tranquilidade do seu discurso, Daniel Coelho desferiu suas verdades contra o governo de Geraldo Julio e bateu o martelo quanto à avaliação em relação ao partido do PSB, que está há 20 anos no comando. “É o fim do ciclo do PSB. A rejeição é muito grande contra o PSB”, garantiu o político.
Ainda abordando o cenário político, o representante do Cidadania afirmou que “Há um amadurecimento da oposição, ela cresceu. A candidatura de João Campos (PSB) é uma candidatura imposta em cima dos aliados, não há uma construção, é um projeto que vai chegando perto do fim”, afirmou.