Por Ricardo Antunes — Um levantamento feito pelo jornal O Globo mostra que Pernambuco tem dois dos três candidatos a deputado federal que mais gastaram para se eleger, em todo o Brasil. O relatório leva em conta as prestações de contas oficiais que os postulantes e partidos apresentaram à Justiça Eleitoral – portanto, desprezando caixas dois, três ou quatro. Assim, de maneira estritamente oficial, Mendonça Filho (União Brasil) e Felipe Carreras (PSB) ficaram em segundo e terceiro lugar entre os mais gastadores que chegaram ao Congresso Nacional.
Ex-governador e ex-ministro, Mendoncinha voltará à Câmara dos Deputados após quatro anos. Para chegar ao seu quarto mandato na Casa, ele declarou à Justiça Eleitoral ter gasto R$ 3.202.805. Ficou um pouco atrás do líder de gastos, o deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), que chegou ao quarto mandato federal consecutivo gastando R$ 3.286.454. Por sua vez, o empresário e ex-secretário de Turismo de Pernambuco e do Recife, Felipe Carreras, gastou R$ 3.177.016, e exercerá seu terceiro mandato consecutivo em Brasília.
Vale ressaltar que Mendonça e Carreras estouraram o limite de gastos da campanha, que é de R$ 3.176.572,33. Também estouraram o limite de arrecadação. Mendonça recebeu R$ 3.318.547,05, dos quais R$ 1.853.280,38 das direções estadual e nacional do União Brasil. Já o socialista arrecadou R$ 3.178.304,00, dos quais R$ 2,5 milhões vieram da direção nacional do PSB
Por sua vez, Eduardo da Fonte e seu filho Lula da Fonte (ambos do PP) foram destaque como as campanhas mais baratas do País. Os dois declararam apenas R$ 5 mil de gastos cada, ambos utilizados para impulsionamentos nas redes sociais.
Entre os estados, Pernambuco teve a quinta maior média de custos, com R$ 1.407.900. As seis maiores médias foram de estados nordestinos, com a vizinha Paraíba liderando (R$ 1.573.500 gastos). A média nacional para eleger um deputado foi de R$ 1,209 milhão. Vale ressaltar que o prazo final para a prestação de contas de todos os candidatos vai até o dia 1º de novembro.