Do G1 — Um protesto contra o governo Bolsonaro (sem partido) reuniu diversas pessoas neste sábado (3), no Centro do Recife. O ato foi convocado por movimentos sociais e estudantis, partidos políticos e centrais sindicais, que pediram também vacinação contra a Covid-19 e testagem em massa da população.
A concentração começou por volta das 9h na Praça do Derby, de onde saíram em caminhada por volta das 10h, em direção à Avenida Conde da Boa Vista. Durante a caminhada, o grupo seguiu em fila indiana, buscando manter distanciamento. Havia algumas pessoas de bicicleta também.

As pessoas utilizavam máscara, conforme determinado por decreto estadual contra o novo coronavírus, mas houve registro de alguns pontos de aglomeração na saída do Derby. A organização do ato pedia que as pessoas mantivessem o distanciamento social.
Houve também a presença de representantes de povos indígenas, que se posicionaram pela demarcação de territórios.

Agentes de trânsito fizeram o acompanhamento do protesto. Os participantes da manifestação levaram faixas com frases em descontentamento com o governo federal.
Também havia seringas gigantes com os nomes das vacinas contra Covid-19. De um lado, estavam os nomes dos imunizantes. Do outro, a frase “fora Bozo”.
A manifestação pediu também para que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) dê andamento a um processo de impeachment de Bolsonaro.

Protestos anteriores
Esse foi o terceiro ato contra o presidente nos últimos dois meses. No dia 19 de junho, houve um ato pacífico também com caminhada pela Avenida Conde da Boa Vista. Na ocasião, os manifestantes fizeram um abraço simbólico com no Centro da capital, indo da Ponte Duarte Coelho até a Ponte Princesa Isabel.
Eles relembraram, em junho, o ocorrido em 29 de maio, quando houve uma repressão violenta da PM a outro ato contra o presidente. Dois homens perderam a visão de um dos olhos após serem atingidos por bala de borracha e diversas pessoas foram agredidas.

A ação truculenta levou à queda do então secretário de Defesa Social, Antônio de Pádua, e do então chefe da PM, Vanildo Maranhão, que depois foi transferido à reserva remunerada. O governador Paulo Câmara (PSB) aceitou o pedido de exoneração de ambos.
Dezesseis PMs foram afastados, mas somente um teve afastamento disciplinar determinado.








