O coronel Vanildo Maranhão, ex-comandante geral da Polícia Militar de Pernambuco, foi transferido para a reserva remunerada nesta terça-feira (15). O ato foi publicado no Diário Oficial de Pernambuco após assinatura do governador Paulo Câmara (PSB). A transferência é retroativa ao dia 02 de junho. Vanildo havia sido exonerado depois da ação truculenta da PM na manifestação do dia 29 de maio, no centro do Recife.
Documentos internos da Polícia Militar apontam que o coronel foi o responsável por dar a ordem para que os policiais “dispersassem” os manifestantes que participavam do protesto pacífico contra o presidente Jair Bolsonaro.
Na truculenta repressão, dois homens que sequer participavam da manifestação levaram tiros de balas de borracha no rosto. Ambos perderam a visão de um dos olhos. A vereadora Liana Cirne (PT) também foi alvo da truculência dos policiais militares e foi atingida por spray de pimenta no rosto.
No dia 1º de junho, três dias depois das cenas assustadoras protagonizadas pela PM, Vanildo Maranhão deixou o cargo. Segundo o governo do estado, ele pediu exoneração. O delegado federal Antônio de Pádua, que ocupava o cargo de Secretário de Defesa Social, também foi exonerado. O coronel José Roberto de Santana e o delegado federal Humberto Freire ocuparam os cargos, respectivamente.
Ainda como consequência do ocorrido, 16 policiais militares foram afastados, entre eles três oficiais. Além disso, nove investigações instauradas pela Corregedoria-Geral da Secretaria de Defesa Social seguem em curso para apurar as condutas dos agentes envolvidos na ação.







