Por Ricardo Antunes – Quem pensa que apenas o ex-administrador da Ilha de Fernando de Noronha, Guilherme Rocha, está faturando alto como diretor do Grupo João Santos está enganado. O ex-prefeito Geraldo Julio (PSB), que renunciou à vida pública ao ser barrado pelo grupo do prefeito João Campos para ser candidato ao Governo de Pernambuco nas eleições de 2022, também está dando consultoria por lá. O salário de acordo com as apurações feitas pelo Blog junto ao mercado é de mais de R$ 150 mil mensais.
O Grupo João Santos entrou em recuperação judicial após ter sido alvo de operação da Polícia Federal, que descobriu um esquema de sonegação fiscal que causou um prejuízo de R$ 8,6 bilhões aos cofres públicos. O conglomerado também deixou uma dívida trabalhista de cerca de R$ 55 milhões. Centenas de trabalhadores ficaram sem receber salários e outros direitos.

Geraldo Julio, coincidência ou não, também teve muita proximidade com a Polícia Federal. Pelo menos em 4 oportunidades a PF bateu na porta da Prefeitura do Recife até mesmo com dois mandatos de prisão contra dois de seus secretários. A suspeita é de irregularidades na compra de equipamentos de saúde.
A primeira ação foi a chamada Operação Bal Masqué, que ocorreu em 23 de julho de 2020. Na época, a ação da PF provocou o afastamento do diretor financeiro da Secretaria de Saúde da capital, Felipe Soares Bittencourt. Além disso, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão.
No dia 8 de junho de 2021, o Ministério Público Federal (MPF) denunciou o ex-secretário de Saúde do Recife Jailson Correia, dois ex-funcionários da mesma secretaria e dois empresários por fraude no processo de compra de 250 camas hospitalares para pessoas internadas com Covid-19.
Recentemente, o MPF também denunciou o ex-prefeito Geraldo Julio e ex-gestores da saúde do Recife por suposta falsidade ideológica, fraude a processo licitatório e corrupção por contratação Covid-19, em um suposto desvio apontado na casa dos R$ 4,3 milhões.
Além do ex-prefeito e de Guilherme “Porter”, que deixou um rastro de compadrio, irregularidades e suspeitas de corrupção na Ilha de Fernando de Noronha, outro socialista de carteirinha está também por lá.
Trata-se de Alexandre Gabriel, o ex-todo poderoso no Governo Paulo Câmara que cuidava das verbas de publicidade durante a gestão. Arrogante e soberbo (não recebia ninguém em seu gabinete) agora virou empregado da TV Tribuna, uma das empresas do grupo.









