Por Ricardo Antunes – Chamado de “marginal” e de querer “ser dono de Cortês” pelo empresário Gérson Carneiro Leão, o vice-prefeito de Cortês e usineiro Eduardo Farias reagiu: “Você é cabra safado, ladrão e não tinha nem onde enterrar a filha”, disparou Farias. No final do texto você ouve as duas gravações.
O blog confirmou que os dois áudios são verdadeiros, mas não conseguiu contato com nenhum dos dois empresários. O primeiro áudio foi gravado por Gérson Carneiro Leão, reclamando do posicionamento de Eduardo Farias no município de Cortês, na Mata Norte do Estado.
Em seguida, ao saber do áudio, Eduardo Farias telefonou de Goiás e foi à forra contra Gerson Carneiro Leão. “Depois de velho, você está ficando mais safado ainda. Você morria de fome e eu sustentava sua família”, afirmou Farias.
Em março desse ano, o grupo do prefeito Reginaldo Morais recebeu o apoio de Gérson Carneiro Leão, que se filiou ao Progressistas. Comandado com mão de ferro pelo deputado federal Eduardo da Fonte, o partido faz parte da coalizão que apoia a reeleição de Morais.
Gérson Carneiro Leão, que é diretor da AGROCAN (Cooperativa do Agronegócio da Cana-de-açúcar), antiga Usina Pumaty, indústria que gera mais de cinco mil empregos durante o período de moagem, é apontado como possível companheiro de chapa de Reginaldo Morais, na condição de candidato a vice-prefeito, posição que hoje é ocupada pelo próprio Eduardo Farias, que é rompido com Morais.
Já Eduardo Farias é filho do ex-senador Antônio Farias e dono do Grupo Farias, que comanda a Usina Pumaty e expandiu sua atuação para Goiás, com várias usinas. Em 1989, Eduardo foi o coordenador da campanha de Fernando Collor à Presidência da República na região do Nordeste.
Ainda no áudio, Eduardo afirmou que, na década de 1980, Gérson Carneiro Leão ficou proibido de entrar na usina e depois ficou “babando” o então governador Miguel Arraes e o senador Antônio Farias. “Vou mostrar a você quem é senador de pó”, atacou Eduardo. “Venha mesmo”, devolve Gerson Carneiro Leão.
Ouça os áudios:
Áudio de Gérson Carneiro Leão
A resposta de Eduardo Farias