Por Ricardo Antunes — Ao Minuto do Blog, Yves disse ter alertado ao então governador de Pernambuco, Eduardo Campos, sobre a conduta de Matuto, conhecido como “afilhado político” de Eduardo. À época, Yves avisou que Matuto não tinha condições psicológicas para governar Paulista.
Ele conta que foi até o Palácio do Campo das Princesas, no ano de 2014, para conversar com o governador, mas ouviu um sonoro “não” ao sugerir o nome de Jorge Carreiro como candidato. Segundo Yves, o ex-governador não quis nem abrir discussão. “Ele é meu candidato”, teria dito Eduardo, que pediu para Yves fazer cinco comícios para Matuto.
“Fiz e depois me afastei da campanha. Aquilo não podia acabar bem”, revelou Yves Ribeiro.
Em julho deste ano, Júnior Matuto foi afastado do cargo de prefeito após ter sido um dos alvos das operações Chorume e Locatário, deflagradas pela Polícia Civil. Matuto é suspeito de participação em esquema de desvio de dinheiro público e fraude em licitação envolvendo uma empresa de limpeza urbana do município de Paulista. De acordo com as investigações, a suspeita é de que o valor desviado seja de R$ 21 milhões. Durante a suspensão do exercício da função pública de Matuto, o vice-prefeito, Jorge Carreiro (PV), foi quem ocupou o cargo.
Com menos de um mês, em 10 de agosto, Matuto retornou à prefeitura do Paulista depois da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu o afastamento do político. De volta à gestão, Matuto recontratou todos os servidores que haviam sido exonerados. O prefeito continua sob investigação.