Por Ricardo Antunes — Em entrevista exclusiva ao blog nesta sexta-feira (03), o ex-ministro e deputado, Osmar Terra, disse o que todo país queria ouvir: “O pico da pandemia no Brasil já passou”.
Enfático e com dados científicos que fazia questão de apresentar, o ex-ministro da Cidadania do Governo Bolsonaro, afirmou que nas regiões onde a epidemia ocorreu com mais intensidade, o pico de infecções foi registrado entre final de abril e início de maio. E, de lá para cá, as internações estão caindo rapidamente.
“No Norte Nordeste, Rio e São Paulo temos uma visão clara da queda da curva, da epidemia diminuindo rapidamente”, afirmou.
Para ele, ainda que a diminuição possa levar “mais uma semana ou duas”, ela (a queda) está acontecendo e isso é o mais importante.
No entanto, o médico e deputado federal, ainda alerta sobre o perigo da pandemia em outras regiões do país. “Ainda existe um brote epidêmico no sul devido ao clima frio”, afirmou. ” Lá os governadores também erraram”, acrescentou ele para quem todo esse processo poderia ter sido evitado.
Ele mostrou dados da Suécia, Japão e Cingapura para mostrar que o mundo tomou a decisão errada em torno do isolamento social. “O Boris e o Trump ficaram alarmados com a mídia e a opinião pública”, criticou.

Sobre o Brasil, ele disse que no Norte e Nordeste epidemia já está controlada mas mostrou preocupação com algumas cidades Centro-Oeste. “Os casos de coronavírus cresceram mais rápidos que na média do país”.
Ele contou que em junho, esses crescimento do número de mortes chegou a 191%, e o de casos, a 198% entre 8 e 28 de junho. A ocupação de leitos de UTI também cresceu chegando a 92,9% em MT.
Apesar disso, Osmar Terra se diz confiante com a diminuição da curva nas regiões mais populosas do país. Médico e com um currículo respeitado, ele frisou a importância de se levar em conta a imunidade de maior parte da população que, segundo ele, “não será afetada pelo vírus”.
“O mais importante agora é a ampliação de programas de testagem em massa. Com isso podemos voltar a vida normal”, lembrou.
No final, depois de responder perguntas de diversas pessoas de estados como Goiás, Ceará, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Minas Gerais, ele voltou a criticar a estratégia de isolamento social dos governadores: “Perguntado porque a Coreia não decretava Lockdown, Kim Woo-Joo respondeu que a Coreia do Sul é uma república democrática”, brincou.