EXCLUSIVO, por Ricardo Antunes – Com 55 anos de atuação na advocacia criminal, o escritório do advogado Célio Avelino, na Rua do Imperador, no centro do Recife, foi contratado pela família de Maria Eduarda de Medeiros, a Duda, para acompanhar o inquérito policial sobre a morte dela, num naufrágio há nove dias de um pequeno veleiro em Suape, no Litoral Sul.
Um dos casos recentes de Avelino, que toca o escritório com o filho Pedro e mais três outros criminalistas, foi a soltura, há pouco mais de duas semanas, no mesmo dia em que foi preso, do ex-ministro do Turismo Gilson Machado.
O ex-ministro foi detido na manhã do dia 13 último por ordem do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes por suspeita de haver tentado obter um passaporte português para o tenente coronel Mauro Cid, réu no processo do STF sobre suposto golpe de Estado, mas acabou libertado à noite, por requerimento de Célio Avelino acatado por Moraes.
Com sua contratação, dois renomados advogados criminais passam a atuar no inquérito policial sobre a morte de Duda, em torno da qual ainda pairam várias dúvidas. O outro é Ademar Rigueira, contratado pelo médico Seráfico Pereira Cabral Junior, namorado dela, piloto e dono do barco afundado, que sobreviveu ao naufrágio até ser resgatado por uma guarita no Porto de Suape.
A contratação é praxe quando existe investigação em curso. O delegado que está presidindo o inquérito é Ney Luiz Rodrigues, de Porto de Galinhas, litoral sul de Pernambuco.