Da Redação do Blog – Após quatro décadas marcando presença no comércio da Rua João Fernandes Vieira, nas proximidades da movimentada Avenida Agamenon Magalhães, a loja do Bompreço encerrou suas atividades, seguindo o cronograma de fechamento de toda a rede de supermercados no Nordeste. A unidade, que passou por uma transição para Walmart e posteriormente retornou ao nome original, fechou as portas em março, dando lugar a uma futura seguradora de planos de saúde.
O fechamento da unidade da Agamenon integra o plano do Grupo Carrefour, proprietário da marca, de desativars todas as 17 lojas Bompreço na região nordestina até o final deste semestre, além de outras 47 unidades da rede Nacional no Sul do país. A estratégia do grupo visa “simplificar e agilizar” suas operações, com foco em lojas de grandes formatos.
No Recife, o impacto do encerramento das atividades do Bompreço é sentido em diversas áreas. Além da unidade da Agamenon, outras quatro lojas, as últimas em funcionamento na capital pernambucana, também fecharam em 14 de março.

A ausência dos supermercados tem afetado o comércio local e a rotina dos moradores. Próximo à unidade da Agamenon, comerciantes como Marlene Bezerra da Silva, proprietária de um fiteiro há 40 anos, relatam uma significativa queda no movimento desde o fechamento do Bompreço. “Essa hora mesmo o pessoal passava aqui para ir comprar pão no Bompreço”, lamenta Marlene, observando a redução nas vendas de itens como balas, pipocas e água, que eram frequentemente adquiridos pelos clientes do supermercado.
Além do impacto no comércio, o fechamento das unidades tem gerado um aumento na sensação de insegurança em algumas áreas. Moradores próximos aos antigos Bompreço nos Aflitos, Graças e Boa Viagem relatam evitar circular pelas ruas à noite devido à atmosfera de abandono e escuridão dos imóveis.
O Grupo Carrefour informou que, dos imóveis que abrigavam as lojas Bompreço e Nacional em processo de desativação, 11 são próprios e 53 são alugados, sem detalhar o número específico de Pernambuco.