Da Redação do Blog – A decisão da governadora Raquel Lyra (PSD) de não esperar a votação de sua indicação para a administração de Fernando de Noronha e nomear o advogado Virgílio Oliveira como administrador-adjunto não foi considerada um atropelo da Alepe (Assembleia Legislativa de Pernambuco), tanto na avaliação do deputado Coronel Alberto Feitosa (PL) quanto de outros deputados aliados do presidente da Assembleia, Álvaro Porto (PSDB).
Oposição à governadora, Feitosa declarou ao Blog que a atitude dela foi meramente administrativa e não irá apressar ou prolongar a sabatina e votação de Virgílio Oliveira, que se arrastam há quase dois meses. “Foi uma decisão de governo, de caráter administrativo, sobre a qual não me cabe fazer avaliação. Não muda nada no dia a dia da Comissão de Constituição e Justiça, que seguirá o fluxo normal de suas sessões”, declarou ele, sem prever quando poderá ocorrer a sabatina de Virgílio na comissão.
Para outros deputados aliados de Álvaro Porto, desafeto de Raquel Lyra, a visão é de que a decisão de nomear como administrador-adjunto o jovem advogado, de 27 anos, foi sábia, do ponto de vista administrativo, mas, como avalia Alberto Feitosa, não representou um desapreço à Alepe.
Segundo estes interlocutores, o ato da governadora não irá influir na disposição de continuar sem definir data de votação enquanto não houver sinalização efetiva sobre o imbróglio do pagamento de emendas parlamentares de 2024.
Outros observadores da cena política pernambucana consideram que a decisão de Raquel ocorre após crescente insatisfação dos moradores de Noronha com o que classificam de abandono da gestão da ilha, que nunca recebeu a visita dela desde a posse e está sem administrador titular há três meses e meio.
Parte dos 3.316 habitantes de Fernando de Noronha lançou na quarta-feira (14) um duro manifesto defendendo a autonomia política e administrativa da ilha do governo de Pernambuco. Promoveu também protesto, na quinta-feira (15), no aeroporto, pedindo punição ao delegado Luiz Alberto Braga pela agressão a tiros do ilhéu Emmanuel Apory, na madrugada do último dia 5, num pagode no Forte de Vila dos Remédios.









