Da Redação do Blog – A fornecedora de canetas Mounjaro Priscila Menezes, acusada pela influenciadora Mayara Pereira de ter esvaziado uma caixa de duas canetas enviada a uma cliente, nega enfaticamente a falcatrua, garante ter sido Mayara quem retirou as canetas da caixa e denuncia a influenciadora por se passar por ela no celular para ludibriar outras clientes.
Priscila relata que levou e mostrou as duas canetas a Mayara em 23 de abril, quando foram juntas à agência dos Correios no Shopping Recife despachar a caixa com as canetas, no valor de R$ 9 mil, que já haviam sido pagos. Diz que no caminho até o shopping, dirigindo, a fornecedora não percebeu que a influenciadora retirou as canetas da caixa e só tomou conhecimento da caixa vazia quando a cliente, Roberta Ribeiro de Melo, do Rio de Janeiro, gravou o vídeo com o pacote sem as canetas.
Com áudios e prints, Priscila acusa Mayara de usar um celular com o nome dela para dar golpes com as canetas Mounjaro, usadas para tratamento de diabetes, mas que viraram febre, mesmo caras, para uso em regimes de emagrecimento. Emagrecer é o foco dos vídeos nas redes sociais da influenciadora pernambucana, que tem 300 mil seguidores e mais de seis mil publicações.
“´Passo por tu no sentido de não acharem que sou eu que estou vendendo, o influenciador, entendeu?”, confessa Mayara num áudio a Priscila. Num print, Priscila se queixa a Mayara que não está autorizada a usar seu nome e nem pode fazer isso. “Vou ter de mudar teu nome. Então. Inventar”, responde a influenciadora.
Priscila vai ingressar com ação judicial contra Mayara Pereira por calúnia e difamação e também por inadimplência, pois não recebeu parte das canetas que vendeu à influenciadora, adquiridas por ela na Inglaterra.
Suas Mounjaro, fabricadas pelo laboratório Ely Lilly, são mais caras, em torno de R$ 4.500, do que as normalmente encontradas nas farmácias brasileiras porque permite clicks, em vez de uma dose única por caneta, e dura até cinco meses, com uma dose semanal. A versão brasileira é comercializada em embalagem de quatro canetas de dose única e está sendo oferecida na rede de farmácias Drogasil por R$ 1.406, durando um mês.
Como já divulgou o blog, Roberta Ribeiro de Melo, a cliente carioca lesada com a caixa vazia, registrou boletim de ocorrência em Nova Friburgo (RJ) acusando Mayara de estelionato. O crime, previsto no artigo 171 do Código Penal, estabelece penas de um a cinco anos para quem obtém vantagem ilícita prejudicando alguém por meio fraudulento.

Roberta contou ao blog que, rastreando o envio da caixa pelos Correios, advertiu Mayara ter achado o pacote com peso muito leve para duas canetas e a influenciadora lhe assegurou que as duas canetas tinham sido despachadas. A outra caneta que não veio era destinada a uma amiga, Juliana Borges Beltrão, que pagou R$ 4.500 por pix, enquanto Roberta comprou a sua por cartão de crédito, em parcelas que ainda está tentando reaver no seu banco.
As duas informam haver pelo menos uma dezena de outras mulheres que compraram as Mounjaro da influenciadora pernambucana, pagaram e não receberam as canetas. Afirmam que elas até formaram um grupo de WhatsApp para se articularem na tentativa de receber de volta o que gastaram.
Com já postou o Blog, informa ainda Roberta, bloqueada por Mayara Pereira durante as duras negociações, com palavrões, para reaver seu pagamento, que a influenciadora usava um Instagram privado nas vendas, com um link que remetia ao WhatsApp para a compra das Mounjaro.