Da Redação do Blog – Documentos produzidos pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência) revelaram a participação de transportadoras, donas de caminhões e empresas suspeitas de envolvimento com garimpo ilegal nos protestos de bolsonaristas contrários às eleições de Lula (PT). Os relatórios entregues à CPI do 8 de janeiro evidenciam que 272 caminhões entraram em Brasília a partir de novembro para participar das manifestações, inclusive das ações de destruição de sedes dos Três Poderes.
Os relatórios indicam que metade dos caminhões pertencia a empresas e que a outra metade era de veículos novos ou seminovos registrados em nome de pessoas físicas com participação societária em empresas de médio porte do setor agropecuário. A Abin entende que essas características sinalizam baixa participação de caminhoneiros autônomos nos protestos.
As investigações da agência apontam também a conexão de empresários, como Enric Juvenal da Costa Lauriano, que teria ajudado a divulgar canais de arrecadação de dinheiro para os atos golpistas, e Ricardo Pereira Cunha, proprietário de uma empresa de informática que teria recebido pagamentos pela “rede de financiamento” dos golpistas.

Os relatórios destacam a ligação entre práticas ilícitas ambientais e a atuação de grupos extremistas contrários à eleição presidencial de 2022, além de revelarem redes de práticas delituosas relacionadas à exploração ilegal de recursos naturais.
O julgamento de Moro ocorre no mesmo ambiente político que levou o TSE a cassar, por unanimidade, o registro da candidatura e, consequentemente, o mandato de deputado federal de Deltan Dallagnol (Podemos-PR), ex-coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba.
As investigações realizadas pela Abin apontam para um cenário complexo e delicado, com possíveis conexões entre setores empresariais e ações golpistas, levantando preocupações quanto à integridade do sistema democrático. A CPI e demais órgãos governamentais continuarão a analisar essas informações em busca de esclarecimentos e tomada de providências adequadas para a manutenção da ordem e respeito ao Estado de Direito.









