Com informações da Assessoria de Imprensa
O Governo do Distrito Federal, por meio da Secretaria de Projetos Especiais (Sepe) e a Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap), assinou) termo de cooperação com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que autoriza Furnas a fazer intervenções em instalações de transmissão. A cooperação vai atender ao projeto Avenida das Cidades e visa o enterramento de 16 km de cabo de alta tensão.
“A avenida das Cidades é um projeto antigo que já foi promessa de campanha de vários candidatos ao governo do DF nos últimos 20 anos. A pista de ligação entre Samambaia e o Plano piloto é considerada como a maior obra viária da história de nossa cidade e virou uma das prioridades do Governo Ibaneis Rocha”, explica o secretário de Projetos Especiais, Everardo Gueiros.

“A Aneel contribui com o desenvolvimento do DF, e essa autorização viabiliza a continuidade desse importante projeto, afirma o presidente da Terracap, Izidio Santos Junior.”
A avenida que vai unir as cidades da região Sul – Samambaia, Taguatinga, Águas Claras, Park Way e Guará – ao Plano Piloto terá extensão de 26 km. A obra deve começar em 2022 com o enterramento e também remanejamento das linhas aéreas de alta tensão que estão no trajeto da via. O valor estimado do investimento é de R$ 2,9 bilhões, desse valor R$ 1 bilhão é para o enterramento.
Além da melhoria da infraestrutura de transporte, da integração das cidades e da conexão com o sistema viário existente, esse complexo urbanístico vai contribuir para a geração de novos centros de negócios, lazer e habitação. “Vamos obter um sentido de contra fluxo em direção a novos eixos, descentralizando a oferta de trabalho e emprego, que hoje é concentrada no Plano Piloto”, esclarece Gueiros.
A obra terá duração de 8 anos e deverá gerar mais de 20 mil empregos diretos no período de construção. E depois de pronta mais de 80 mil empregos diretos devem ser criados. De acordo com o secretário Everardo Gueiros, além de valorizar toda a região sul do DF, o projeto vai valorizar também os imóveis que são adjacentes a avenida, dando mais qualidade de vida a população.
“Essa via vai privilegiar muito mais a convivência das pessoas, com ciclovias, calçadões, jardins, praças, parques. É uma via muito mais para unir as cidades que hoje estão segregadas, que hoje estão divididas”, pontua o secretário.

Etapas do projeto
O projeto da Avenida das Cidades está em fase de análise final dos Estudos e após aprovação do Conselho Gestor de Parcerias Público-Privadas, presidido pelo Governador, será encaminhado para análise do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF). Depois serão feitas Consulta e Audiência Pública.
A licitação, por meio de Parceria Público-Privada (PPP), será conduzida pela Sepe e pela Terracap. O edital deve ser publicado em meados do 2° semestre de 2020. A empresa ou consórcio vencedor terá 1 ano para apresentar o Projeto Executivo, obter as licenças ambientais e ter o projeto aprovado no Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal – Conplan.
Após todas essas etapas, as obras terão início no final de 2022.
Contrapartida
As terras adjacentes à Avenida da Cidades serão concedidas pelo GDF para o setor privado que, por sua vez, será responsável por toda construção da infraestrutura e manutenção da via por um período de 25 anos. Após esse período, a área retornará para a Administração Pública.
“Hoje essas áreas não têm valor econômico, porque não podem ser utilizadas. Com o projeto, haverá uma supervalorização dos terrenos. A iniciativa privada vem, custeia essas obras, custeia a manutenção e se ressarce desses investimentos a partir da venda dos imóveis ao longo da via. Então é impensável até você fazer uma obra de 3 bilhões de reais que vai beneficiar a população, sem que não haja um investimento direto do governo”, explica Everardo Gueiros.

O PROJETO EM NÚMEROS:
• 20.000 empregos diretos na fase de implantação;
• Potencial para geração de 80.000 postos de trabalho na fase de operação;
• 9.560.000 m² de área total de empreendimento;
• 830.000 m² de áreas comerciais;
• 26 km de via;
• 35 Obras de Artes Especiais (pontes, viadutos, trincheiras, elevados);
• 200 km de ciclovias;
• 900.000 m² de calçadas;
• 8 parques;
• 11.250.000 m² de parques revitalizados;
• 700.000 árvores a serem plantadas, incluindo a compensação florestal.