Por Ricardo Antunes — O ministro do STF, Luís Roberto Barroso, disse em entrevista à GloboNews que acha que o 7 de Setembro foi o “sepultamento do golpe tramado por Bolsonaro: “Eu acho que o Sete de Setembro foi bem o sepultamento do golpe. Compareceram menos de 10% do que se esperava, quer dizer que a extrema-direita radical no Brasil é bem menor do que se alardeava, as policiais militares não aderiram, nenhum oficial da ativa relevante deu qualquer apoio àquele tipo de manifestação. O presidente compareceu, fez um discurso pavoroso, golpista, de ameaças a pessoas a ofensas. Disse ‘não vou cumprir decisão judicial’ e, dois dias depois, mudou completamente o discurso, procurou as pessoas que ele tinha ofendido para conversar… De modo que eu acho que ali se revelou que a sociedade brasileira não aceitaria nada diferente”.
Já o colunista Diogo Mainardi, em O Antagonista, afirma que o fiasco de Sete de Setembro pode até ter enterrado o golpe, “mas Bolsonaro vai tentar um bis”. “Para evitar a derrota nas urnas, ele vai armar um circo capaz de acarretar sua inelegibilidade”, escreveu o jornalista.
O próprio Bolsonaro, ontem, em conversa com uma rádio, deu uma bandeira danada, provocando Barroso, Fachin e Moraes: “O que fica da ação desses três ministros do STF, me parece que eles têm um interesse, né? Primeiro, buscar uma maneira de me tornar inelegível, na base da canetada. A outra, é eleger o seu candidato, que é o Lula”.
“Bolsonaro precisa da inelegibilidade para escapar de uma derrota acachapante. O STF deveria fazer-lhe esse favor”, conclui Mainardi.
Faz sentido?