Do G1 – O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, e o presidente atual do país, Alberto Fernández, deram nesta terça-feira (21) o pontapé inicial para a transição de governo.
Milei, eleito no domingo (19), chegou nesta manhã à residência presidencial, em um subúrbio de Buenos Aires, onde está previsto passar o dia reunido com Fernández.
O atual presidente apoiou o rival de Milei, o peronista Sergio Massa, atual ministro da Economia. Até a última atualização desta notícia, ainda não estava claro se Massa participará da transição de poder.
Após a derrota nas urnas, ele disse considerar deixar o ministério antes de o mandato do atual governo terminar.
Anúncios pós-eleição
Na segunda-feira (20), Milei fez uma série de anúncios, principalmente sobre a economia do país.
- Disse que levará entre 18 e 24 meses para conter a inflação de seu país, na casa dos 140% anuais.
- Confirmou também que levará adiante o plano para fechar o Banco Central e dolarizar a economia, duas das principais e mais polêmicas propostas de sua campanha. “Fechar o Banco Central é uma obrigação moral, e dolarizar (a economia) é uma maneira de nos livramos do Banco Central”, declarou.
- O ultraliberal disse também que, por enquanto, manterá a taxa de câmbio e não levantará a limitação ao estoque de dólar de bancos do país, imposta pelo governo do atual presidente, Alberto Fernández, para controlar o saldo da moeda norte-americana.
- Vai privatizar empresas públicas, como a petroleira YPF, e as de comunicação, como a Telám — a TV pública do país — e a Rádio Nacional. “Tudo que puder estar em mãos da iniciativa privada vai estar”, disse, em entrevista à rádio Mitre.
- Israel e os Estados Unidos serão os primeiros países que ele visitará após ser eleito o novo presidente da Argentina, e afirmou que viajará a ambos antes da cerimônia de posse, em 10 de dezembro.
Candidato de oposição, Javier Milei foi eleito na noite de domingo (19) com 55,95% dos votos, contra o governista peronista Sergio Massa (44,04%). Os dois concorreram no segundo turno de uma das eleições mais disputadas da história recente da Argentina.