Da Veja – Em 2021, a gestão ruinosa dos negócios culminou na Operação Background, que envolveu ações de busca e apreensão em endereços das empresas e dos herdeiros em São Paulo, Pernambuco, Distrito Federal, Amazonas e Pará. De acordo com a Polícia Federal, os herdeiros transformaram 8,6 bilhões de reais (o equivalente a 10 bilhões de reais em valores atualizados) de passivo tributário do conglomerado em patrimônio pessoal — um calote que, além do governo federal, vitimou 8 000 ex-funcionários. Atualmente, a empresa é comandada por dois executivos externos, Paulo Narcelio e Guilherme Rocha, que, na prática, atuam como co-CEOs. “O grupo estava sendo sufocado por bloqueios judiciais e penhoras da Fazenda. Com a recuperação judicial, teremos um fôlego para administrar de fato a empresa”, disse Rocha a VEJA.
A expectativa de sobrevivência do grupo hoje se concentra na retomada das obras, principalmente no Nordeste do país, com o novo governo. Entre as promessas de investimento durante a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva está o valor de 10 bilhões de reais em 2023 no programa Minha Casa Minha Vida, aumentando a demanda por cimento. Ainda assim, é difícil imaginar o conglomerado como o gigante de outrora.








