Por Bela Megale – O Globo – O clima está acirrado nas eleições para a seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF). O atual presidente da entidade, Délio Lins e Silva Júnior, tornou-se alvo de uma notícia de fato apresentada à Polícia Civil por um advogado adversário, Noelton Toledo. Toledo disse ter se sentido ameaçado pelo presidente da OAB-DF em mensagens de WhatsApp.
Nas mensagens apresentadas, Delinho, como é conhecido, reclamou com Toledo de uma notícia publicada na imprensa que citava a sua mulher. “Sério mesmo isso, amigo? Vai colocar minha esposa na baixaria? Coisa de 10 anos atrás? Que decepção”, escreveu na mensagem, à qual a coluna teve acesso.
Em seguida, Delinho afirmou a Toledo que segurou a divulgação de denúncias “sobre homossexualidade sua e de um dos candidatos” e que “o troco será devidamente dado”. Por isso, Noelton Toledo apresentou a notícia de fato à polícia e também juntou áudios de supostas ameaças enviadas a ele por outros advogados. O advogado é candidato a conselheiro na OAB-DF.
Além disso, outra polêmica envolveu a inscrição de uma das chapas à presidência da ordem, que tem a advogada Thaís Riedel como candidata à presidência da OAB-DF, como informou a coluna.
A Associação Nacional de Advogados Negros e a chapa de Délio Lins e Silva Júnior pediu a impugnação da chapa de Riegel sob acusação de que houve tentativa de fraude à política de cotas que destina 30% das vagas para pessoas pretas e pardas.
Com o pedido de impugnação, circularam documentos que mostravam fotos das pessoas que haviam se declarado como pretas e pardas e diziam que elas não se enquadravam nesses quesitos. Isso gerou acusações de racismo de ambos os lados. Os pedidos, entretanto, foram julgados improcedentes pela comissão eleitoral nesta quinta-feira. No Brasil, o IBGE usa o critério de autodeclaração para definir a cor e raça dos brasileiros.
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