Do Metrópoles e G1 – O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou nesta quinta-feira (24/4) que o requerimento de urgência do projeto de anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro não será pautado, pelo menos por ora.
O chefe da Casa se reuniu com os líderes, que decidiram “matar no peito” a responsabilidade pela trava à proposta, numa jogada para protegê-lo. “Especificamente sobre o tema da urgência da anistia, foi decidido pelo adiamento da pauta desse requerimento”, explicou Motta à imprensa.
“Isso não está dizendo que nós não seguiremos dialogando pela busca de uma solução para o problema. Tenho que, enquanto presidente, decidir a pauta. A pauta é um dever do presidente”, disse o deputado.
Oposição reage
Os líderes da oposição e do PL na Câmara, Luciano Zucco (PL-RS) e Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), afirmaram nesta quinta-feira (24) que vão retomar o movimento de obstrução para travar a pauta de votações da Casa.
O anúncio de Zucco e Sóstenes foi feito após o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmar que não colocará em votação, na próxima semana, o pedido de urgência para o projeto de lei que anistia condenados pelo 8 de janeiro.
O pedido de urgência foi apresentado pelo líder do PL, com as assinaturas de 262 deputados, muitos deles de partidos que compõem a base do governo Lula. Sóstenes e Zucco defendem a análise do requerimento o quanto antes.
Com o projeto, além de conceder perdão a participantes dos atos de 8 de janeiro, a oposição quer assegurar uma anistia para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) caso ele seja condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe.
Bolsonaro e mais 13 aliados se tornaram réus após a Primeira Turma do STF ter aceitado a denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) por crimes como tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do estado democrático de direito, organização criminosa e dano ao patrimônio.