Por Ricardo Antunes – O senador Humberto Costa (PT) chegou ao lado do correligionário Mozart Sales no evento comandado pelo prefeito João Campos (PSB), no Recife. O parlamentar, coordenador do grupo de tática eleitoral do PT a nível nacional, tentou até o último momento que a sigla ocupasse a vice na chapa do socialista. Admitiu que até o presidente Lula interviu, mas ao final todos entregaram os pontos e a vaga será preenchida por Victor Marques (PCdoB).
“Como vocês sabem, o PT demandou a necessidade de ter um protagonismo importante nessa eleição. Não só porque é um partido forte no Recife, e em respeito a essa força e política considerávamos que era importante ter essa participação e um protagonismo na chapa. Em respeito também à relação que sempre mantivemos com o PSB. Trabalhamos pra isso, discutimos, tentamos convencer, o próprio presidente Lula também interveio nessa questão, mas é óbvio que a última palavra é do candidato, e agora vamos seguir em frente”, declarou Humberto.

Todavia, em certo tom de recado, o senador disse que o apoio a João Campos em 2024 não tem relação com a sucessão estadual de 2026, que está no radar do socialista. Os petistas queriam Mozart Sales para a vice na chapa, mas o PSB fez que nem ouviu.
No próximo pleito, estarão em disputa duas vagas ao Senado, sendo uma delas a do próprio Humberto, que poderá disputar a reeleição no eventual palanque do próprio João, na base da governadora Raquel Lyra, ou mesmo encabeçar chapa própria do PT, tendo como principal força o fato de ser o candidato de Lula, que concorrerá à reeleição. Ainda é cedo, segundo o petista, para traçar os cenários.
“Não existe nenhum acordo com relação a 2026. Em nenhum momento, nem nós levantamos nem ninguém levantou essa questão. Agora 24 é 24, 26 é 26”, colocou Humberto, como mantra.