Por Ricardo Antunes — Com a oposição velada das principais lideranças do PSDB e sem decolar nas pesquisas, o ex-governador provou do próprio veneno da traição que fez com o seu “padrinho”, Geraldo Alckmin. Pior, deixou nove meses de governo e, embora tenha ganho as prévias do partido, foi apunhalado pelas costas. Foi ao menos uma saída honrosa constatar o que todos já sabiam.
Há pouco o ex-governador de São Paulo João Doria anunciou sua desistência à candidatura presidencial. O tucano não resistiu à pressão da cúpula do PSDB, que decidiu, na semana passada, apoiar o nome de Simone Tebet (MDB-MS) para a cabeça de chapa.
“Não sou a escolha da cúpula do PSDB. Mas aceito essa decisão de cabeça erguida. Sempre seguirei buscando o consenso contra a minha vontade pessoal”, declarou Doria. “Me retiro com o coração ferido, mas com a alma leve”, disse.
Agora, o partido discute a possibilidade de Doria assumir a vaga de vice na chapa de Simone ou mesmo a possibilidade disputar o Senado por São Paulo.
O ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB) afirmou, em coletiva concedida nesta segunda-feira (23), que está deixando a disputa para a presidência da República. Doria havia sido o nome que venceu a disputa das prévias do partido em dezembro. pic.twitter.com/V5xRI2fVkI
— O Tempo (@otempo) May 23, 2022