Da Redação do Blog – Atualmente vereadora em São Paulo pelo Partido Progressistas, a advogada Janaina Paschoal, ex-deputada estadual, famosa pelos destemperos, voltou a perder as estribeiras, desta vez com o ex-deputado federal e professor da Faculdade de Direito da UFPE Maurício Rands, ligado à esquerda.
Foi mais um embate ao vivo entre direita e esquerda. Paulistana, 50 anos, advogada, com doutorado em Direito Penal, professora de Direito Penal na USP, Janaina foi a deputada estadual por São Paulo mais votada da história, com dois milhões de votos, em 2018, graças ao parecer escrito, junto com o jurista Miguel Reale, que resultou no impeachment de Dilma Rousseff, em 2016.
Professor de Direito Trabalhista na UFPE, o pernambucano Maurício Rands, 63 anos, foi deputado federal pelo PT por três mandatos. Renunciou ao mandato e ao PT e se demitiu do cargo de secretário de governo em 2012, na segunda gestão de Eduardo Campos, por haver sido “rifado” pelo partido ao tentar se candidatar à Prefeitura do Recife.
Rands e Janina se cruzaram no programa My News, canal de TV no YouTube, na noite da quinta-feira (6), ele como um dos entrevistadores, ela como entrevistada, sobre o tema impeachment. Janaina se enfureceu a uma pergunta de Rands, que também foi dono do Diario de Pernambuco, sobre se estava arrependida de haver elaborado o parecer jurídico que ajudou o impeachment de Dilma e a posterior ascensão de Jair Bolsonaro e sua tentativa de golpe de Estado.
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“Sua abordagem foi vergonhosa! Mas eu vou responder! Eu vou responder! Pergunta se eu me arrependo? Dobre sua língua pra falar comigo! Dobra! O que que é isso? O que que é isso? O senhor tome vergonha, o senhor me respeite!”, reagiu ela aos gritos. “Seu desequilíbrio é que é vergonhoso”, comentou Rands, em voz baixa, com calma.
Um dos entrevistadores tentou intervir, assinalando que Rands é uma pessoa gentil. Janaína atropelou, sempre aos berros: ‘Não foi comigo. Eu quero saber o você acha de um homem que trata uma mulher como um inquisidor”, disparou Janaina, neta de pernambucanos, para quem a esquerda é sempre totalitária. Batendo no peito, disse ter orgulho de haver elaborado o parecer.
Maurício Rands disse ao Blog que o destempero dela acabou lhe impedindo de uma outra pergunta, que provavelmente, se feita, provocaria nova explosão da vereadora, eleita em outubro com 48.893 votos. Ele gostaria de saber porque ela não aceitou ser vice na chapa que elegeu Bolsonaro. Ficou para uma próxima entrevista.