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Jane Fonda diz que Marlon Brando era “decepcionante” e que se arrepende de não ter dormido com Marvin Gaye

Aos 82 anos, atriz mantém aceso seu ativismo político e define Donald Trump: 'Uma criança traumatizada, assustada e perigosa'

Ricardo Antunes Por Ricardo Antunes
05/09/2020 - 07:10
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Maureen Dowd, do New York Times — Eu queria ser educada pela Jane Fonda. Queria que ela me passasse informações sobre tudo: de uma vida sexual lendária a nenhuma vida sexual, das cirurgias plásticas às algemas de plástico, de “Barbarella” a Quentin Tarantino, de Richard Nixon a Donald Trump, de Marilyn Monroe ao Tik Tok.

 

E lá estava ela no Zoom, muito atraente com seu novo corte pixie, falando diretamente de sua casa chique em Los Angeles.

— Fiquei grisalha no momento certo — diz ela — Eu não sabia que a Covid estava vindo. Cansei dos produtos químicos, do tempo e do dinheiro para manter o loiro. Então disse: ‘ Já chega!’. E fui conversar com os produtores de “Grace and Frankie”. Contei que queria ficar grisalha e que, consequentemente, Grace também ficaria. Eles toparam.

Com um espírito ambientalista de longa data, a atriz de 82 anos tomou uma decisão, em 2019, inspirada pela jovem ativista Greta Thunberg e por Naomi Klein, do livro “Em chamas”, em que a jornalista analisa o surgimento de um eco-fascismo e defende a ideia de um “New Deal ecológico”. Fonda, então, teve a iniciativa de se mudar para Washington e acampar na frente do Capitólio em protesto contra as mudanças climáticas.

— Fiquei pensando como eu faria cocô e xixi. Estou muito mais velha e me levanto à noite com muita frequência – analisa a célebre ativista, que mesmo em meio às incertezas, comprou um casaco vermelho de luxo na Neiman’s e partiu para a capital.

Em Washington, Fonda começou a se mexer: pensando em recrutar aliadas, ligou para nomes como Pamela Anderson e Sharon Stone, e recebeu o apoio de Annie Leonard, diretora do Greenpeace nos EUA, que alertou à atriz que o acampamento talvez não fosse a melhor ideia porque haveria muitos ratos.

Jane acionou até Jared Kushner, genro de Donald Trump, que recomendou que ela entrasse em contato com Ivanka, filha do presidente e mulher de Kushner. Segundo a atriz, Ivanka entrou em contato com ela, ouviu sobre suas ideias, riu e nunca mais apareceu.

Jane Fonda ainda aposta na desobediência civil como método mais eficiente para reivindicações sociopolíticas Foto: RYAN PFLUGER / NYT

— Eu entendo um pouco a cabeça do Donald Trump, ele me lembra Ted Turner, meu terceiro marido, que carregava uns traumas dos tempos de infância. As ações de Trump traduzem a linguagem dos traumatizados. E você pode odiar as ações, mas não odeie a pessoa. Ela vence se nós a odiarmos. Não dê a ela tanta energia. Olho para o Trump e vejo uma criança assustada e muito perigosa, pois tem todos os botões ao alcance das mãos.

Após quatro meses sendo a estrela dos Fire Drill Fridays, protestos climáticos em frente ao Capitólio, Fonda voltou a Los Angeles, onde continuou sua atividade de forma virtual, promovendo vídeos em parceria com o Greenpeace e escrevendo um novo livro com dicas aos que se sentem desafiados pela vida ecologicamente correta.

Meu passado não me condena

Como se sabe, a relação conturbada de Jane Fonda com a Casa Branca é de longa data. Há uma foto clássica de sua prisão, em 1970, em Cleveland, durante protestos contra a Guerra do Vietnã. A atriz era um dos maiores desafetos do então presidente Richard Nixon, que a achava “belíssima, apesar de estar sempre no caminho errado”.

Troy Garity, filho de Fonda com o político e ativista Tom Hayden, certa vez resumiu sua vivência diante do espírito contestador da atriz. Em 2014, durante uma homenagem a ela promovida pelo American Film Institute, Garity disse: “Minha mãe nunca precisou contratar babá para cuidar dos filhos. O FBI sempre cumpriu esse papel”.

No tempo em que ainda morava com o pai, Henry Fonda, a atriz ouviu dele a seguinte frase: “”Se algum dia eu descobrir que você é comunista, serei o primeiro a denunciá-la”. Talvez Jane não seja considerada, hoje, uma comunista. Ela prefere apenas não ter que lutar contra um fascista. E por isso apoia integralmente o democrata Joe Biden e sua vice, Kamala Harris, na eleição presidencial de novembro. Segundo ela, “é mais fácil pressionar um moderado”.

— Temos que cortar as emissões de combustíveis fósseis pela metade até 2030 e isso vai ser difícil para ele, mas temos que fazer isso, podemos fazer isso. É aqui que entra a desobediência civil. E eu serei uma das pessoas nas ruas assim que “Grace and Frankie” acabar.

Hoje a atriz também consegue traçar um paralelo entre o movimento dos Panteras Negras, na década de 1970, e o Black Lives Matter. Na visão de Fonda, há um “sentimento de amor” no BLM que faltava aos Panteras, e cogita que a presença de muitas líderes mulheres possa estar trazendo esse caráter afetivo aos protestos recentes.

Jane Fonda sendo presa ao lado de outros ativistas em mais um dia de protestos nos EUA Foto: JARED SOARES / NYT

— Um dia recebi um panfleto do Black Lives Matter falando sobre autocuidado. Ou seja, um movimento que discute autocuidado com suas ativistas? Isso é novidade.

Outro contexto contemporâneo que Jane Fonda acompanha é o de revisão histórica de algumas figuras públicas, vistas hoje com uma lupa que identifca, por exemplo, comportamentos racistas. É o caso de John Wayne, que foi um grande amigo do pai da atriz.

— Não acho que devemos perder tempo cancelando John Wayne. Mais importante é pensar o que vamos fazer com o sistema bancário, as hipotecas, o policiamento, todas essas coisas que tornam impossível que os negros ascendam socialmente.

A atriz gostaria de trabalhar com Quentin Tarantino, diretor de “Pulp Fiction” e “Era uma Vez em Hollywood”.

Sonho de filmar com Tarantino

Caminhemos, então, sobre a ponte que liga o movimento #MeToo e Hollywood. Qual terá sido a experiência da atriz?

— Fui estuprada uma vez por um ator. E tive um diretor, que é francês, que disse: ‘Seu personagem tem que ter um orgasmo, então eu tenho que ver como são seus orgasmos’. E eu apenas fingi que não conseguia entendê-lo. Ele estava falando em francês.

Será que “Barbarella”, dirigido por seu primeiro marido, Roger Vadim, seria feito agora?

— Ah, poderia ser feito, mas eu seria uma das produtoras e seria um filme feminista. Na verdade, ele já era um filme levemente feminista. Ela mesma pilotou a espaçonave, certo? Foi ela que o presidente designou para ir ao planeta para salvar o cientista. Ela já era muito boa!

Mas deixando de lado o passado (mas nem tanto), é preciso ressaltar que Jane Fonda está no Tik Tok. Mais especificamente fazendo uma homenagem às clássicas fitas lançadas por ela nos anos 1980 com exercícios aeróbicos para fazer em casa.

Além das redes sociais, Jane Fonda também mantém atualizado seu pensamento em relação ao cinema. Ela refuta qualquer ideia de que o avanço do streaming tenha tirado o glamour de Hollywood. Ela, inclusive, confessa que raramente assiste a filmes antigos. Tem preferido séries, como as elogiadas “I may destroy you” e “Insecure”, ambas da HBO.

Hoje, ela tem um sonho sobre cinema. Na verdade, um sonho que reúne dois nomes.

— Queria que Wes Anderson aparecesse e me escolhesse para fazer um papel que eu nunca tivesse imaginado interpretar na vida. Quentin Tarantino também… eu faria o que ele quisesse.

Jane Fonda e Marvin Gaye nos anos 70 Foto: Getty Images

Confirma ou nega?

Ao fim da entrevista, separei algumas afirmações sobre a história de Jane Fonda para que a atriz negasse, ou confirmasse os fatos apresentados. Vamos lá?

Maureen Dowd: Seu maior arrependimento é nunca ter feito sexo com Che Guevara.

Jane Fonda: Não, eu não penso muito nele. Em quem eu penso, e o que é um grande arrependimento, é Marvin Gaye. Ele queria e eu não. Eu estava casada com Tom (Hayden).

Maureen Dowd: Simone Signoret é a mulher mais sexy que você já conheceu.

Jane Fonda: Ava Gardner era a mulher mais sexy que já conheci. Sem dúvida.

Maureen Dowd: Suas polainas são mais famosas do que as polainas de Jennifer Beals em “Flashdance” .

Jane Fonda: Provavelmente. Porque meus aquecedores de perna entravam nas salas das pessoas dia após dia, após dia, após dia. E então eles se tornaram amigos das pessoas.

Maureen Dowd: Você é parente de Jane Seymour, uma das esposas de Henrique VIII.

Jane Fonda: Isso é o que minha mãe sempre me disse e é por isso que meu apelido até a quarta série era Lady.

Maureen Dowd: Você se arrepende de não ter assumido o papel de Mia Farrow em “O bebê de Rosemary”.

Jane Fonda: Eu não penso muito nisso.

Maureen Dowd: Marlon Brando era …

Jane Fonda: Decepcionante. Mas um ótimo ator.

Maureen Dowd: Você estava na aula de atuação de Lee Strasberg com Marilyn Monroe.

Jane Fonda: Sim. Ela gostou de mim. Acho que ela gostou de mim porque percebeu minhas inseguranças e foi atraída por coisas vulneráveis. Nunca esquecerei uma festa que Lee Strasberg deu, quando ela chegou atrasada e os homens começaram a tremer. Quer dizer, eles estavam fisicamente excitados e agitados pelo fato de ela estar lá. E ela foi direto até mim, pois queria conversar.

Maureen Dowd: Marilyn não era tão marcante pessoalmente.

Jane Fonda: Ela brilhava! Havia um brilho saindo dela que era inacreditável! Vinha de sua pele, do seu cabelo, do seu ser. Eu nunca vi nada parecido.

Tags: CinemaDonald TrumpEUA
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Ricardo Antunes

Ricardo Antunes

Ricardo Antunes é jornalista, repórter investigativo e editor do Blog do Ricardo Antunes. Tem pós-graduação em Jornalismo político pela UnB (Universidade de Brasília) e na Georgetown University (EUA). Passou pelos principais jornais e revistas do eixo Recife – São Paulo – Brasília e fez consultoria de comunicação para diversas empresas públicas e privadas.

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