Por Ricardo Antunes — O jornalista Ennio Benning, que por mais de dez anos assessorou Jarbas Vasconcelos, foi nomeado para um cargo na Prefeitura do Recife. Ele será assessor especial do prefeito João Campos (PSB), com salário de R$ 9 mil. O ato de nomeação foi publicado na edição de ontem do Diário Oficial.
Em 2014, Ennio assumiu a bagunçada comunicação da campanha de Paulo Câmara, dias antes da morte de Eduardo Campos. No primeiro Governo de Paulo, foi secretário estadual de Imprensa, mas a má comunicação (que continuou no segundo mandato) e sua habitual arrogância com os coleguinhas (ele não se achava mais um) pesaram para sua demissão.
Ele, na verdade, “caiu pra cima” e foi nomeado como diretor na Copergás, recebendo mais de R$ 20 mil, segundo os corredores palacianos. O “prêmio” de consolação durou até meados deste ano, quando toda a diretoria da estatal foi substituída pelos indicados de Raquel Lyra.

Benning, que trabalhou comigo na bela equipe de política do Diário de Pernambuco, comandada pelo talento de Marisa Gibson e que tinha nomes como Kennedy Michilles, Tereza Rowoskovic e Zaddock Castelo Branco e Rosa Falcão, se junta a outro profissional do mesmo naipe: Gilberto Prazeres.
Ele é um dos garotos mais chatos que já conheci e que acumula várias reclamações dos jornalistas pelo perfil arrogante, mas que consegue pular de galho em galho nos cargos em comissão de renda mais abastada.
Gilberto é conhecido por criticar repórteres da grande imprensa e ligar para redações para reclamar de matérias que ele entende que “não deveriam ser daquele jeito”.
Nunca, no entanto, foi capaz de sugerir uma pauta interessante ou um ângulo diferente para uma reportagem, mesmo que fosse “boa” para a prefeitura. Se muito, preocupa-se apenas em emplacar matérias no NETV e no Bom Dia, ambos programas da TV Globo.

Ele até lembra algumas atitudes da ex-secretária de Imprensa de Jarbas, Terezinha Nunes. Com uma diferença: ela tinha um dos melhores textos do Brasil, entende de tudo e mais um pouco e demonstrou isso nas redações dos chamados “jornalões”. Já Gilberto passou apenas pela Folha de Pernambuco, sem qualquer destaque ou reconhecimento.
No segundo governo de Paulo, a gestão de Ennio foi massacrada por seu sucessor, Eduardo Machado, e pelo já citado Gilberto Prazeres, que era seu executivo, mas não titubeou em apunhalá-lo pelas costas, sem dó nem piedade.

Contam os corredores palacianos que a dupla ridicularizava a comunicação comandada por Benning, mas ambos acabaram fazendo muito pior no comando da Secretaria de Imprensa.
O sucessor teria escapado por pouco de denúncias de assédio moral a diversos servidores do Palácio e arredores, mas o desastre foi transferido para o candidato de Paulo, Danilo Cabral, que não chegou nem a 20% dos votos na última eleição para governador. E nessa guerra de sujo falando do mal lavado, o PSB segue sendo PSB.
Outro lado
O nosso site procurou os três jornalistas citados na matéria, mas não conseguiu retorno. Quando eles enviarem respostas, vamos acrescentar ao texto original, como o Outro Lado.









