Da Redação do Blog – Lutar contra a impunidade dos crimes da ditadura deve ser uma pauta de toda a sociedade e não apenas das famílias das vítimas, como a do ex-deputado Rubens Paiva, defendeu nesta segunda-feira (9) a jornalista Juliana Dal Piva na penúltima palestra do seminário sobre liberdade de expressão, no Novotel Recife Marina, no Cais de Santa Rita.
Autora do livro “Crime Sem Castigo: Como os Militares Mataram Rubens Paiva”, editado em fevereiro, que autografou no final da palestra, Juliana Dal Piva relatou que a abertura dos arquivos do extinto SNI (Serviço Nacional de Informações), em 2012, pela então presidente Dilma Rousseff, permitiu o acesso a informações que resultaram na publicação sobre Rubens Paiva.
Ela se declarou contrária à anistia ampla adotada no Brasil, lembrando que em outros países de ditaduras militares semelhantes, como na Argentina e no Chile, não houve perdão para os crimes que cometeram.
Foi Juliana, então repórter de O Globo, que descobriu, em 2019, que a mulher do general José Antônio Nogueira Belham, apontado como responsável pelo assassinato de Rubens Paiva nas dependências do DOI CODI, chefiado por ele, Maria de Fátima Belham, foi funcionária do gabinete do então deputado federal Jair Bolsonaro.