Do Blog de Jamildo — O prefeito de Paulista, Júnior Matuto (PSB), voltou ao cargo nesta segunda-feira (10) após 20 dias de afastamento. A posse foi marcada por aglomeração e pelo não uso de máscaras, inclusive por parte de Matuto em dados momentos, indo de encontro a recomendações dos especialistas em saúde durante a pandemia do coronavírus.
O retorno ocorre após decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, por meio de decisão liminar (provisória).
O afastamento de Matuto ocorreu no dia 21 de julho, em meio a duas operações da Polícia Civil que apuram suposto desvio de cerca de R$ 21 milhões de contratos da prefeitura com serviços de coleta de lixo e de esgoto.
Na última quinta-feira (06), o presidente do STF, Dias Toffoli, deferiu medida cautelar determinando o retorno imediato de Júnior Matuto ao cargo.

Em coletiva de imprensa na Câmara Municipal de Paulista, Júnior disse estar com a consciência tranquila e que iria provar sua inocência das acusações.
“Eu vou oficializar o Tribunal de Contas (TCE) e agora quero saber como é que eu beneficiei a empresa em 21 milhões de reais se o próprio TCE me enviou um ofício me informando que eu descontei da empresa mais do que era para ser descontado”, disse.
“Eu vou marcar uma audiência com o presidente do TCE, vou perguntar qual foi o cálculo que quem estava no processo de investigação achou para que surgisse essa distorção de 21 milhões”, acrescentou.
O evento de retorno de Matuto à Prefeitura foi marcado por aglomerações de populares em frente à sede da Prefeitura de Paulista.

Imagens flagraram o prefeito de Paulista passando em meio às pessoas sem o uso da máscara, indo de encontro ao que é recomendado por autoridades de saúde na pandemia.
O uso de máscara é obrigatório em Pernambuco em espaços públicos, inclusive em repartições públicas, como forma de prevenção ao contágio por coronavírus.
Junior Matuto utilizou máscara durante entrevista coletiva à imprensa na área interna da Prefeitura de Paulista.