Por Ricardo Antunes — O Hospital Sírio-Libanês terá de pagar R$ 1,2 milhão de indenização por danos morais e pedir publicamente desculpas aos pais de uma criança de um ano de idade, que morreu após horas de sofrimento. Segundo a decisão da Justiça Paulista, a criança passou por momentos “de horror”, sem ter “assistência médica adequada”, informa reportagem da Folha de S. Paulo.
Internado em março de 2018 para fazer um transplante de medula óssea, Pedro Assis Cândido foi diagnosticado com doença granulomatosa crônica, um distúrbio que impede que o corpo combata bactérias e fungos. O garoto recebeu uma dose de quimioterapia com o objetivo de destruir a medula doente e prepará-lo para receber a nova. No entanto, na sequência, de acordo com o processo, começou a demonstrar sinais de incômodo, que se transformaram em dores intensas, com choro incontrolável e gritos de desespero.
Os pais dizem que imploraram pela presença de um médico, mas que eles surgiram apenas quando houve uma parada cardiorrespiratória, horas depois. Mesmo assim, dizem, ele não foi transferido imediatamente para a UTI por “falta de vagas”, recebendo duas doses de morfina. Posteriormente, sofreu outra parada cardiorrespiratória, falecendo na manhã seguinte.
Na decisão em que condenou o hospital, a juíza Thania Cardin disse que o Sírio-Libanês se omitiu quando tinha o dever de agir. Foram condenados também os médicos hematologistas V.G.R e A.A.G. O primeiro era o médico contratado pela família do garoto e coordenador da Unidade de Transplante de Medula Óssea do Sírio. A segunda era a médica responsável pelo acompanhamento da criança na noite dos fatos.
Por meio de nota, o hospital afirmou que é um “centro de excelência médica, reconhecido nacionalmente e fora do país”, que o paciente “era portador de doença grave, de alto risco de mortalidade” e que os pais “foram exaustivamente advertidos sobre os riscos compreendidos no tratamento do paciente, inclusive sobre a possibilidade de óbito”.
PALPITE
Um ministro próximo a Bolsonaro, arriscou uma explicação curiosa para a diferença grande entre o Datafolha e as outras pesquisas: a de que uma parcela razoável dos eleitores de Bolsonaro simplesmente não tenha respondido aos pesquisadores.

HIPÓTESE
Segundo essa tese, o eleitor que não respondeu tanto poderia ser o que tem vergonha de votar em Bolsonaro, ou seria o bolsonarista radical, para quem o Datafolha é um instituto “inimigo”. Faz sentido?
VERSÃO
Oficialmente, Eduardo Leite tem dito que só nas próximas semanas definirá se concorre à reeleição no Rio Grande do Sul. Na prática, porém, trabalha para ser candidato ao governo, sim.
DESANIMADO
Em nenhuma conversa que tem tido recentemente, Leite se mostra animado em ser vice de Simone Tebet.
INFLUENCER
Luís Roberto Barroso desponta como o maior influenciador digital entre os cinco ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que estão no Twitter.

EXPOSIÇÃO
Ele ficou com 61% de engajamento, comparado ao grupo dos cinco ministros do STF. O segundo colocado foi Gilmar Mendes, com 17%, seguido por Alexandre de Moraes, com 14%. Resta saber quanto a exposição de um membro do judiciário é bom para Justiça.
ESQUENTOU
A possibilidade do ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda recuperar seus direitos políticos esquentou o clima político de Brasília.
RAIZ
Depois de duas decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) favoráveis ao ex-governador, que teve seus casos enviados à Justiça Eleitoral, cresceu entre integrantes do governo Bolsonaro a expectativa de que ele possa concorrer e dar ao presidente um “palanque raiz” no DF.
GP
Flávio Bolsonaro está em Monte Carlo, Mônaco. O Senador foi para um compromisso inadiável no principado europeu: assistir ao GP de Mônaco de Fórmula-1, que se realiza no domingo.

OBSERVADOR
Membro do Parlamento do Mercosul, o senador Humberto Costa (PT-PE) está em Bogotá para participar da Missão de Observação Internacional para as eleições da Colômbia, que serão realizadas neste domingo. O senador esquerdista Gustavo Petro como líder nas pesquisas.
ENCONTRO
Na capital colombiana, Costa se reuniu com o ministro do Interior do governo Iván Duque, Daniel Palácios Martínez, onde ele explicou os esforços públicos para garantir que cada candidato possa fazer sua campanha, que geralmente são marcadas por violência na história recente do país.
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