Do UOL – A Justiça de São Paulo autorizou hoje a soltura do dono da Ultrafarma, Sidney Oliveira, e do executivo da Fast Shop Mario Otavio Gomes após pedido do MP-SP. Os dois foram presos na última terça-feira por um suposto esquema de corrupção nas varejistas. A Justiça prorrogou a prisão do auditor fiscal Artur Gomes da Silva Neto.
Segundo o Ministério Público de São Paulo, ele era o responsável por “dar o caminho das pedras” para o suposto esquema de corrupção. Marcelo de Almeida Gouveia, outro auditor fiscal citado na investigação, também permanecerá preso. Tatiane de Conceição Lopes, que teria ajudado a lavar o dinheiro, também foi liberada. O marido dela, Celso Éder Gonzaga de Araújo, segue preso.
O UOL tenta localizar a defesa dos envolvidos.
O espaço está aberto para manifestação. Como esquema funcionava O esquema de corrupção investigado pelo MP-SP foi possível graças ao domínio de Artur Gomes da Silva Neto. Além dos dois auditores, o empresário Sidney Oliveira, fundador da rede farmacêutica, e o executivo da Fast Shop Mario Otavio Gomes também foram alvos de mandados de prisão temporária. Artur tinha “todo o domínio” sobre o procedimento, que envolve valores bilionários.
“Ele ajudava as empresas a conseguir o ressarcimento dos valores de várias formas”, segundo o órgão. “Toda empresa contribuinte tem esse direito [ao ressarcimento], mas o procedimento é muito complexo”, acrescentou. Os auditores teriam movimentado R$ 1 bilhão em propina.
Na ocasião, casal também foi detido temporariamente por suspeita de ajudar a lavar o dinheiro para o esquema. São eles: Celso Éder Gonzaga de Araújo e Tatiane Araújo, esposa de Celso. Na residência do casal foram encontrados sacos de pedras preciosas e mais de R$ 1 milhão em dinheiro, segundo informações preliminares.

O que dizem os envolvidos Defesa de Sidney Oliveira disse ao UOL que ainda não teve acesso ao processo envolvendo o cliente e está se situando sobre o caso. O advogado Fernando Capez afirmou que o cliente celebrou um ANPP (Acordo de Não Persecução Penal) com o Ministério Público recentemente e pagou os tributos apresentados pela Fazenda como débito. Segundo Capez, o acordo se baseou na dívida apresentada pela Fazenda e não houve discussão sobre o valor.
As defesas de Mario Otavio Gomes e Arthur Gomes Neto não haviam se pronunciado. O espaço segue aberto em caso de manifestação. Fast Shop afirmou que colabora com autoridades, mas que não teve acesso ao conteúdo da investigação. A assessoria de imprensa da Ultrafarma também foi procurada, mas não deu retorno até o momento.
A Secretaria da Fazenda de São Paulo informou que pediu a abertura de um procedimento administrativo para “apurar, com rigor, a conduta do servidor”. O órgão não informou se os auditores suspeitos de envolvimento no caso foram afastados dos cargos. O UOL não conseguiu localizar a defesa de Celso e Tatiane. O espaço está aberto para manifestação.









