EXCLUSIVO, por Luiz Roberto Marinho – A cantora Joelma, que enfrenta há sete anos uma ação trabalhista, teve penhorado seu escritório, no bairro da Ilha do Retiro, na Zona Oeste, pelo juiz Gustavo Augusto de Oliveira, da 11ª Vara do Trabalho do Recife. É o mesmo juiz que chegou a mandar apreender seu passaporte, decisão revogada em março de 2024 pelo Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região.
Na ação trabalhista, no valor de R$ 1,2 milhão, a cantora e seu ex-marido Cledivan Almeida, o guitarrista Ximbinha, foram condenados, em 2018, com o reconhecimento do vínculo trabalhista de Fábio Henrique Izaías de Macedo, um empresário da Banda Calypso. O autor da ação alegava que não teve a carteira de trabalho assinada.
A defesa de Joelma sustentou que Fábio Henrique apenas prestava serviços, por meio da venda de shows, mediante pagamento de comissão, sem vínculo trabalhista, inclusive para outras bandas de música. Na avaliação da Justiça do Trabalho, contudo, o autor da ação “agia como funcionário da empresa, e não apenas como vendedor de shows”.

Em março de 2024, o juiz Gustavo Augusto de Oliveira determinou à Polícia Federal a apreensão do passaporte da cantora, alegando que Joelma escondia patrimônio para evitar pagar a dívida trabalhista. A desembargadora Maria Clara Saboya Bernardino, do TRT, concedeu habeas corpus a Joelma para manutenção do seu passaporte, por considerar a decisão “desproporcional e desnecessária” e “medida extrema”
Paraense, exímia dançarina, com suas botas longas, Joelma da Silva Mendes tornou-se Joelma Calypso após se separar de Ximbinha, em dezembro de 2015, quando foi dissolvida a Banda Calypso, que bateu recordes de vendas de discos e de shows nos anos 2000. O disco Banda Calypso pelo Brasil foi o mais vendido de todos os tempos no país, com 2,5 milhões de cópias comercializadas em 2006.









