Por Luiz Roberto Marinho – Pivô da anulação da instalação da CPI da Publicidade, a líder do PSDB na Assembleia Legislativa (Alepe), Débora Almeida, fiel aliada da governadora Raquel Lyra (PSD), disse esperar que, daqui a dez dias úteis, quando forem novamente indicados os integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito, a maioria seja governista.
“Se continuar a configuração inicial, o governo pode ter maioria”, declarou ela ao Blog nesta quinta-feira (11), referindo-se às reuniões que os diretórios do PSDB, no dia 29, e do MDB, no dia 24 próximo, farão para tentarem novamente tirá-la e a Jarbas Filho das lideranças, como fizeram pouco antes da instalação da Comissão, em 19 de agosto, numa manobra que deu maioria à oposição na CPI, mas acabou desfeita por decisões judiciais.
“Vou aguardar o desenrolar dos fatos para ver que medida tomar”, pontuou Débora Almeida sobre a reunião do diretório do PSDB, que, como o encontro do MDB, visa cumprir prazos de filiação, uma das justificativas das decisões judiciais que devolveram os cargos das lideranças a Débora, Jarbas Filho e Joãozinho Tenório, do PRD.
No caso da líder do PSDB, ela foi beneficiada por decisões na primeira e na segunda instâncias – pela 16ª Vara Cível e pelo TJPE (Tribunal de Justiça de Pernambuco), em liminar do desembargador Agenor Ferreira de Lima Filho, que revogou decisão da desembargadora Valéria Bezerra devolvendo a liderança a Diogo Moraes.
A líder do PSDB considerou “natural” a anulação da instalação da CPI, oficializada em ato assinado pelo vice-presidente da Alepe, Rodrigo Farias (PSB). “O processo de instalação da CPI começou de forma errada, sem um fato determinante”, reafirmou ela ao Blog.
Autora da requisição que resultou na CPI, a deputada Dani Portela (PSOL) não se manifestou sobre a revogação da instalação da Comissão. A assessoria dela não retornou os contatos feitos pelo Blog.
O imbróglio da CPI foi deflagrado quando a oposição tirou do PSB os deputados Diogo Moraes, que foi para o PSDB, Waldemar de Oliveira, inscrito no MDB, e Junior Matuto, transferido para o PRD, tornando-os em seguida líderes, com a destituição de Débora Oliveira, Jarbas Filho e Joãozinho Tenório, respectivamente. Diogo Moraes chegou a ser eleito presidente e Waldemar Borges relator da CPI, mas toda essa movimentação, visando a maioria oposicionista na Comissão, agora é letra morta.








