Da Redação do Blog — Bernadete Pacífico, uma líder quilombola de 72 anos e coordenadora da Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (Conaq), foi assassinada a tiros dentro da associação do Quilombo Pitanga dos Palmares, na cidade de Simões Filho, na Bahia. Dois homens entraram no imóvel onde ela estava e efetuaram disparos com arma de fogo.
“Minha família está sendo perseguida, meu irmão foi morto da mesma forma. Não vamos parar, quilombo sempre será resistência”, disse o filho da líder assassinada.
A vítima foi atingida no rosto e não resistiu aos ferimentos. A polícia iniciou investigações para identificar os autores do crime. Bernadete era ex-secretária municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e líder da comunidade quilombola da cidade. Seu filho, Flávio Gabriel Pacífico dos Santos, também líder da comunidade, foi assassinado há seis anos.
Segundo a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, criminosos invadiram o terreiro onde Bernadete estava. “O racismo religioso mata e produz violências reais”, escreveu a ministra.
“O ataque contra terreiros e o assassinato de lideranças religiosas de matriz africana não é pontual. O racismo religioso é mais uma faceta da conformação racista que estrutura o país e precisa ser combatido por meio de políticas públicas”, diz a nota de Anielle Franco.









