Por Ricardo Antunes — A loja de comércio varejista de roupas de luxo, Dona Santa, foi usada para desvios e lavagem de dinheiro sonegado pelo Grupo João Santos. É o que suspeitam os investigadores da Polícia Federal, que colhem agora o depoimento de Lilia Santos, fundadora do estabelecimento.
De acordo com a decisão que determinou buscas e apreensões nas empresas do Grupo João Santos a empresa realizou “movimentações bancárias suspeitas”. O relatório da PF cita “retiradas milionárias por sócios, utilização de contas bancárias de passagem, com valores entrando na conta e sendo transferidos para outras contas no mesmo dia ou em dias próximos, para evitar bloqueios judiciais e rastreamento dos valores. Também foram utilizadas contas de pessoas físicas ligadas aos investigados.”

Em 2012, Juliana Santos, filha de Lília Santos, passou a ser a única sócia da Dona Santa, praticamente, detendo 99,98% das cotas da empresa, e os demais sócios ficando com 0,01% cada.
Porém, Lília Santos é apontada como sócia de quase todas as empresas paralelas vinculadas ao seu marido, utilizadas supostamente para formalizar negócios fictícios que objetivam o desvio de recursos das empresas do Grupo João Santos.