Do UOL – O presidente Lula (PT) confirmou que disputará mais uma eleição presidencial em 2026. A declaração foi feita hoje durante discurso em Jacarta, na Indonésia, ao lado do presidente do país, Prabowo Subianto.
“Eu vou disputar um quarto mandato no Brasil. Esse meu mandato só termina em 2026, no final do ano. Mas estou preparado para disputar outras eleições”, afirmou Lula ao líder Subianto, após dizer que mesmo aos 80 anos, está “com a mesma energia” de quando tinha 30.
Quaest mostra que Lula lidera em todos os cenários para 2026. Último levantamento diz que o atual presidente sai na frente em todos os cenários de 1º turno. Ele também ganha de Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível. No 2º turno, Lula ganha de todos os candidatos de direita.
“Somos membros plenos do BRICS e do G20. O Brasil tem interesse em aprofundar o diálogo e a cooperação com a Indonésia nas mais diversas áreas. Os acordos que assinamos em matéria de estatística, agricultura, energia, ciência e tecnologia e promoção comercial apontam nessa direção” disse Lula que visita o país desde quarta-feira (22).
Lula reserva o domingo para conversar com Trump na Malásia. O brasileiro está na Ásia para uma viagem em que passará, além da Indonésia, por Kuala Lumpur, na Malásia, para participar da cúpula da Asean (Associação das Nações do Sudeste Asiático – em tradução livre).
A reunião ainda está sendo acertada. A data foi confirmada pelo Itamaraty ao UOL. Os dois irão à cúpula da Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático), em Kuala Lumpur, nos dias 26 e 27. Como o país está 11h à frente, o encontro pode acontecer na noite de sábado (25) aqui.
Não será um compromisso para negociar detalhes. Integrantes do Itamaraty argumentam que a retomada das negociações sobre o tarifaço já está sendo feita e cabe, na prática, mais às equipes de governo do que aos chefes de Estado.
Trump está interessado em se reunir com Lula. A informação foi confirmada está semana por uma autoridade da Casa Branca em condição de anonimato.
O presidente Trump manifestou interesse em se encontrar com o presidente Lula após seu telefonema amigável. Há discussões em andamento para facilitar tal reunião enquanto o presidente Trump estiver na Malásia
Autoridade do governo Trump, sob condição de anonimato, para a AFP
Se ocorrer, este será o primeiro encontro formal entre os dois. Eles só se encontram uma vez, na antessala da Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), quando Trump elogiou Lula e disse que “pintou uma química” —marco para a reaproximação— e conversaram por telefone pela primeira vez na semana passada.
Desde então, os países têm dialogado. Do lado do Brasil, as negociações são tocadas pelo chanceler Mauro Vieira e pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), enquanto do lado norte-americano a intermediação cabe ao secretário de Estado, Marco Rubio.
Vieira se encontrou com Rubio. Em Washington, o chanceler voltou a pedir pela retirada da sobretaxação de 40% em cima de produtos como carne e café e levou a mensagem de que o governo brasileiro está disposto a aumentar o câmbio comercial, já superavitário para os EUA.
Sem Bolsonaro na pauta, Venezuela pode ser tema sensível
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não tem sido tema das conversas. Então motivo original para a extrataxação por parte dos Estados Unidos, o julgamento do ex-presidente foi substituído por pautas econômicas, segundo interlocutores do Planalto, e não tem sido lembrado nem pelos norte-americanos.
Única pauta sensível deverá ser Venezuela. No telefonema anterior, Lula já pediu ao republicano que resolvesse a questão por “vias diplomáticas”, mas a tensão tem escalado na última semana, com a admissão de que Trump autorizou a agência de inteligência CIA a interferir no país.
Lula criticou a decisão na última quinta. Em congresso do PCdoB, ele defendeu a soberania venezuelana, e interlocutores pontuam que não há como escapar desse assunto. O presidente não deve, no entanto, entrar em conflito sobre o tema, dizem.








